G1
Everson Cilian é apontado como autor da morte de Andréa de Lorena, em 2007. Defesa diz que ele é inocente. Mãe da vítima foi presa após programa Linha Direta repercutir o caso. Everson Cilian, em depoimento à Justiça em julho de 2023Reprodução/TV GloboEverson Cilian, de 54 anos, será julgado nesta quarta-feira (15) pela morte da enteada, Andréa Rosa de Lorena, de 23 anos. Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), ele cometeu o crime junto com a então esposa, Tânia Melo Becker de Lorena, mãe da vítima. ? Siga o canal do g1 PR no WhatsApp? Siga o canal do g1 PR no Telegram Andréa foi morta em 2007, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A promotoria diz que Tânia matou a filha para conseguir a guarda do neto.Tânia foi presa no último sábado (11) em Marilândia do Sul, no norte do Paraná, após 17 anos foragida. O processo contra ela tramita separadamente da ação contra Everson. O julgamento do réu será em Campina Grande do Sul, na região de Curitiba, onde a ação tramita. Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), o júri começa às 9h e não será transmitido pela internet.No mesmo ano do crime, Everson e Tânia viraram réus por homicídio triplamente qualificado. Everson estava foragido até ser preso em 2023, em Apucarana, também na região norte do estado. LEIA TAMBÉM:Deboche: Influencers suspeitos de promover 'Jogo do Tigrinho' incentivavam apostas mesmo proibidos pela Justiça, diz políciaVÍDEO: Fumaça cobre parte de Curitiba e assusta moradoresVai esfriar: Inmet emite alerta de queda de temperatura em 235 municípios do Paraná; veja quaisTânia Djanira Melo Becker de Lorena foi presa em Marilândia do SulPolícia Militar do ParanáA prisão de Tânia aconteceu dois dias depois do programa Linha Direta, da TV Globo, exibir o caso e incentivar denúncias contra ela. A história está disponível no Globoplay.Nesta segunda-feira (13), o Ministério Público disse que pedirá a retomada do processo contra Tânia para que ela também vá a júri e que as provas já produzidas na ação penal contra o ex-marido sejam aproveitadas. RELEMBREComo foi a investigação do casoA prisão depois de 17 anos foragidaNome falso para tentar despistar a políciaJustiça decreta prisãoAcusada de matar filha foi presa 17 anos depois do crimeArte/g1Réu disse ser inocenteEm julho de 2023, durante uma audiência de instrução do processo, o réu falou pela primeira vez sobre o crime e afirmou ser inocente. Questionado pelo Ministério Público, ele afirmou que se separou de Tânia cerca de 15 a 30 dias após a morte de Andréa, e que nunca mais teve contato com a então companheira. Em nota, o advogado Maurício Baldassare, que defende Everson, reforçou a inocência do cliente. "Acreditamos em sua inocência, e sua tese de defesa será abordada em momento oportuno dentro do processo. Reitero o compromisso da nossa equipe em garantir uma defesa robusta e justa para o nosso cliente. Estamos confiantes na integridade do processo judicial e esperamos que a justiça seja feita dentro do estabelecido pelo ordenamento jurídico brasileiro."Entenda o casoAndréa de Lorena foi morta em 12 de fevereiro de 2007. Ela deixou dois filhos: um menino e uma menina.Conforme a denúncia, após um almoço de família na casa da vítima, os acusados usaram um fio elétrico para enforcar Andréa até ela parar de respirar. Depois, colocaram o corpo dela embaixo da cama, que só foi localizado dois dias após a morte.Andréa Rosa de Lorena foi morta em fevereiro de 2007 em Quatro Barras, Região Metropolitana de CuritibaArquivo da famíliaSegundo o MP apurou, antes do crime, Tânia e Everson pediam a guarda da criança na Justiça depois de passarem um tempo cuidando do menino enquanto a mãe se recuperava de um acidente de motocicleta.No processo que investigou o caso, a Justiça considerou declarações de testemunhas que acompanhavam a disputa de Tânia pela guarda do filho de Andréa.Um dos depoimentos no processo é o do pai da vítima, ex-marido de Tânia. Ele relatou que soube de ameaças da ex-esposa à filha.Relatou, também, que quando Tânia cuidava da criança, Andréa e o então marido, Juliano Saldanha, precisaram pegar a criança à força.O homem, apesar de não ser pai biológico do menino, ajudou a esposa a reaver o filho, de acordo com o processo.Mais assistidos do g1 PRLeia mais em g1 Paraná.