Em uma semana, quase 30 mil armas foram recadastradas na Polícia Federal

Ministério da Justiça deu prazo de 60 dias para proprietários registrarem suas armas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm). Objetivo é centralizar registros em banco de dados gerido pela PF. Fuzil e pistola de CAC apreendidos em Redenção, no Pará

Divulgação

A Polícia Federal (PF) fez um balanço parcial do recadastramento de armas iniciado semana passada. Em uma semana:

18.742 proprietários fizeram recadastramento de armas

29.537 armas foram cadastradas.

Na quarta-feira (1º), o Ministério da Justiça e Segurança Pública estabeleceu prazo de 60 dias para que donos de armas de uso permitido ou restrito cadastrem seus armamentos na PF.

O objetivo do governo federal é concentrar na entidade o controle de armas de fogo. Por isso, o recadastramento é direcionado a proprietários que fizeram o cadastro no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma). Antes da nova medida, colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) faziam o cadastro no Exército.

O g1 conseguiu dados, por meio da Lei de Acesso à Informação, que revelam que 904 mil novos registros de armas foram concedidos a colecionadores, caçadores ou atiradores nos quatro anos do governo Bolsonaro (2019-2022). Estas armas estavam registradas no banco de dados do Exército, ao qual a Polícia Federal não tem acesso

O prazo para recadastramento é de 60 dias, mas, de forma reservada, interlocutores da PF admitem que há dificuldade para refazer o registro das armas.

Para fazer o recadastramento no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), basta entrar no site da Polícia Federal e responder a um questionário com poucas perguntas. O proprietário deve dizer se pretende ou não entregar as armas. Se a arma for de uso restrito, é necessário agendar uma data para envio das armas.

Quem não fizer o recadastramento pode ter a arma apreendida e responder na Justiça por porte ou posse ilegal de arma.

G1