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Na pecuária de corte, os avanços nas boas práticas, apoiados em estudos científicos, geram indicadores positivos para toda a cadeia produtiva. Cuidados relacionados ao bem-estar animal deve começar desde o nascimento dos bezerros.Reprodução/TV Centro AméricaO bem-estar animal envolve questões que vão além da saúde e do desempenho de animais de produção e de interesse econômico – inclui também ética, legislação e relações comerciais. Na pecuária de corte, os avanços nas boas práticas, apoiados em estudos científicos, geram indicadores positivos para toda a cadeia produtiva. Assista à reportagem completa aqui. Segundo a doutora de comportamento animal e professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Fernanda Macitelli Benez, o bem-estar animal é uma ciência definida pelo estado do corpo do animal, onde são avaliados cinco princípios: boa saúde, boa alimentação, conforto, bons comportamentos e o estado mental dos animais. O bem-estar animal, segundo ela, está diretamente ligado com o manejo, que é feito desde quando ainda é um bezerro, porque esse é o momento em que os melhores cuidados resultam no baixo índice de mortalidade e desempenho, além de criar memórias no animal. “As boas práticas de manejo no nascimento começam desde um parto bem realizado, tendo certeza de que ele tome o colostro, que é a primeira vacina dele, e de que ele teve uma boa cura do umbigo. Pode parecer muito simples isso, mas o Brasil, hoje, perde 8% dos bezerros que são nascidos no país. A gente não pode achar que isso é normal, não existe morte que é normal, nós temos que trabalhar para conquistar o zero de mortalidade”, disse.Ainda de acordo com a doutora, o bem-estar animal, hoje em dia, está nas agendas das maiores empresas e na bolsa de valores. “Quanto melhor a gente tratar os animais, mais benefício isso vai trazer para o bolso do produtor e para a cadeia produtiva como um todo”, concluiu.