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Horário de atendimento domiciliar passa a ser definido pelo próprio cliente. Em caso de descumprimento, empresa terá 30 dias para se adequar à norma e poderá pagar multa de R$ 5,5 mil se repetir postura. Homem caminha segurando celular em Porto AlegreReprodução/RBS TVUma lei em vigor desde o início de dezembro, em Porto Alegre, obriga as operadoras de telefonia, internet, TV por assinatura a agendarem atendimentos aos clientes por hora e não mais por turno, como ocorre normalmente. Além disso, o horário passa a ser escolhido pelo usuário do serviço, que define se prefere ser atendido das 9h às 10h ou das 15h às 16h, por exemplo.???? Acesse o canal do g1 RS no WhatsAppA medida foi aprovada pela Câmara Municipal, que também promulgou a lei. O autor do projeto, vereador João Bosco Vaz (PDT), justificou a proposta dizendo que "os clientes muitas vezes deixam de comparecer ao trabalho, ou de realizar tarefas importantes da rotina"."As empresas precisam ordenar isso aí, marcar o horário. Se não exato, o horário aproximado. Na situação que está, não dá. Por isso que eu fiz um projeto, que agora é lei", disse ao g1.Caso a empresa descumpra a norma, ela fica sujeita a duas penalidades: uma notificação da prefeitura para adequação à norma no prazo de 30 dias e, em caso de não adequação, o pagamento de uma multa de mil unidades financeiras municipais (UFMs). A UFM vale, atualmente, cerca de R$ 5,50; com isso, a multa às operadoras pode chegar a R$ 5,5 mil.LEIA TAMBÉMIPVA 2025: saiba os descontos e prazosLeite Compensado: MP identifica uso de soda cáustica e água oxigenada em produtos lácteos de fábrica no RSPolícia encontra fazendas com pista de pouso e carros de luxo em operação contra grupo suspeito de lavagem de dinheiro no RS'Descaso', diz clienteA lei aprovada só vale na capital, mas relatos de pessoas que viveram esse problema se repetem em diversos lugares.Moradora de Porto Alegre, a administradora Maitê Stockey solicitou a instalação de uma rede de internet em um apartamento que colocará para alugar em Capão da Canoa, no Litoral Norte. Ela diz ter viajado 400 km, somando ida e volta, para aguardar a equipe da operadora no último sábado (7). Contudo, ninguém apareceu."Fiquei a manhã inteira esperando, no horário das 8h ao meio-dia. Reagendaram para a parte da tarde, das 15h às 18h. Eu fiquei até as 18h esperando e, de novo, ninguém apareceu", diz.Maitê registrou uma reclamação no site Reclame Aqui contra a empresa, que não respondeu ao contato da cliente na página."É o descaso com o cliente, a falta de uma justificativa, de uma solução para o problema causado. E ninguém me garante que na próxima vez não vai acontecer a mesma coisa", afirma.O g1 entrou em contato com a Conexis Brasil Digital, entidade que representa as empresas de telecomunicações e de conectividade, mas não obteve um posicionamento até a atualização mais recente desta reportagem.No projeto, o vereador João Bosco Vaz ressaltou que a lei "exigirá melhor planejamento das empresas e talvez até a ampliação do número dos seus prestadores de serviços, mas não é possível que o ônus da espera e da má prestação recaia todo sobre os clientes". A forma de fiscalização do tema ainda não foi definida.VÍDEOS: Tudo sobre o RS