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Candidata à presidência pelo União Brasil pretende focar no agronegócio com crédito de bancos estatais para agricultores e parceria com militares na educação e saúde. Senadora Soraya Thronicke (União-MS)Edilson Rodrigues/Agência SenadoA senadora Soraya Thronicke, candidata na eleição presidencial pelo União Brasil, tem entre suas propostas acabar com o foro privilegiado e criar uma Corte Nacional Anticorrupção. O documento foi enviado ao Tribunal Superior Eleitoral e divulgado nesta sexta-feira (12).O projeto aponta que o tribunal seria formado por 30 juízes e 11 desembargadores e seria responsável por "processar e julgar, em primeira e segunda instância, acusados de crimes de grande corrupção praticados contra a administração pública direta ou indireta, federal, estadual, distrital ou municipal". Não está explícito de onde sairiam os recursos.Leia também:Eleições 2022: quem são os candidatos à Presidência da RepúblicaEleição de 2022 terá campanha mais curta desde 1994Na mesma linha, o documento defende propor o fim do foro privilegiado para todas as autoridades, ampliar a autonomia e independência do Procurador-Geral da República e que o diretor-geral da Polícia Federal tenha mandato fixo válido por dois anos.A proposta para a área econômica envolve a criação de um imposto único, o Imposto Único Federal (IUF) para "simplificar de forma radical o sistema tributário" brasileiro. Com a medida, diz o documento, seria possível combater a evasão fiscal.O documento sugere que o IUF seria responsável por aumentar os investimentos públicos pelo país.Há destaque para o agronegócio, colocado como foco por Soraya. Os bancos públicos ofereceriam crédito para pequenos agricultores.A proposta busca implementar uma política de incentivo e apoio a micro e pequenas empresas e prevê a "interrupção de pagamento de impostos para pequenas empresas que não estiverem em condições de pagar, com reequacionamento dos débitos".Datafolha: mais da metade dos brasileiros acha que corrupção vai aumentarPara as áreas de educação e saúde, o projeto do União Brasil conta com a participação dos militares com investimento para abertura e implantação de escola cívico-militares e parcerias com hospitais militares.Indenizações para vítimas de crimeSoraya Thronicke tem como propostas para a segurança pública criar um fundo nacional para atender vítimas de crime. Segundo o documento, os valores serviriam para "ajudar na reparação de danos materiais, físicos e emocionais" dessas pessoas.Há também a sugestão de que seja criado e implantado um programa de "denunciantes do bem", cuja função seria receber avisos da população que tenha informações sobre crimes ou criminosos.O projeto coloca entre suas metas implantar um sistema nacional de rede de controle de veículos suspeitos ou roubados, federalizar a gestão dos presídios e investir em inteligência e integração de dados e modelos de governança.Soraya quer ampliar o número de delegacias da mulher (DEAM) em todo o país, "priorizando municípios onde a violência doméstica é maior".