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G1 - Geral

Blocos avaliam pedir a liberação de arenas e lonas culturais para desfiles gratuitos no Rio


A proposta foi levantada durante a reunião dos organizadores do carnaval e o prefeito Eduardo Paes (PSD), na última terça-feira (4). Os representantes dos blocos vão se reunir na quinta-feira (6) para tomarem uma decisão em conjunto sobre a questão. Ritmista do Suvaco de Cristo toca tamborim com o homenageado do bloco ao fundo: o Cristo Redentor

Fernando Maia/Riotur

Os tradicionais blocos de carnaval do Rio de Janeiro estão estudando alternativas para não deixarem de 'desfilar' em 2022. A Prefeitura do Rio decidiu na última terça-feira (4) que a cidade não terá carnaval de rua pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia.

Como os blocos não poderão circular pelas ruas da cidade, uma das possibilidades pode ser a utilização de arenas, lonas culturais e estádios do município. O objetivo seria levar a festa popular para vários bairros e não concentrar os eventos em um ou dois locais.

Alguns organizadores chegaram a levantar essa ideia durante o encontro com o prefeito na última terça. Na ocasião, Eduardo Paes (PSD) propôs a organização de eventos ao longo de fevereiro, de graça, com os principais blocos, em três lugares da cidade onde pudesse haver controle, como o Parque Olímpico e o Parque de Madureira, por exemplo.

Os organizadores agora estudam se vale ampliar esse número de locais que possam receber com segurança os blocos durante o carnaval.

Segundo um dos representantes de blocos presente no encontro com o prefeito, a ideia é que os blocos possam desfilar o mais próximo de seus locais tradicionais. O objetivo é facilitar os foliões do bairro de origem de cada bloco.

Reunião entre os blocos

Com mais de 450 blocos espalhados pelo Rio de Janeiro, uma solução que agrade a todos os grupos é difícil de acontecer. Contudo, para tentar apresentar uma proposta em conjunto, alguns dos principais organizadores do carnaval de rua vão se reunir no final da tarde desta quinta-feira (5) para fechar uma contraproposta coletiva.

Além de avaliar esse pedido para a liberação de arenas e lonas culturais de diferentes bairros da cidade, o grupo deve ouvir novas propostas. A ideia principal é não deixar o carnaval passar em branco em 2022 e tentar levar a festa popular para vários pontos do Rio.

Carnaval de rua cancelado

Na tarde da última terça, a Prefeitura do Rio decidiu que a cidade não terá carnaval de rua pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia.

Eduardo Paes explicou que a 'natureza' do carnaval de rua impede a fiscalização dos frequentadores, em relação a vacinação e testagem para a Covid. Por esse motivo, a manutenção dos desfiles seria um risco de proliferação do vírus.

"O carnaval de rua por sua natureza, e pelo aspecto democrático que tem, ele gera a impossibilidade de se exercer qualquer tipo de fiscalização. Tendo em vista os dados epidemiológicos que a gente tem, e provavelmente nós teremos daqui pra frente, me chamou atenção que seria muito difícil tomar uma decisão agora. Dificilmente a gente conseguiria fazer".

Carnaval na Sapucaí confirmado

Na reunião desta terça, o prefeito do Rio confirmou que o carnaval das escolas de samba no Sambódromo está confirmado em 2022.

"Se a gente pode ter jogo do Flamengo no Maracanã e do Vasco em São Januário, a gente pode ter desfile das escolas no estádio do samba, que é a Marques de Sapucaí. Basta que os protocolos adotados para o estádio de futebol sejam transferidos para o estádio do samba que é a Sapucaí", explicou Paes.

"Isso também vale para as festas em espaço fechado. Você tem como estabelecer o controle", acrescentou.

G1

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