O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta sexta-feira (27) o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) – que é o favorito na disputa para a presidência da Câmara.
O encontro ocorreu em meio a mais um conflito entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional envolvendo o pagamento de emendas parlamentares.
Motta deve ser eleito o próximo presidente da Câmara em fevereiro. O deputado formou um arco de apoio que vai do PL ao PT e já soma mais de 480 dos 513 deputados. Ele vai substituir o deputado Arthur Lira (PP-AL) na cadeira.
Também participaram do encontro o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. A reunião foi na Granja do Torto em Brasília, considerada a casa de campo do presidente da República.
Interlocutores do governo disseram que o clima foi “amistoso”, passou por diversos assuntos e que a reunião serviu para aproximar Motta e Lula.
Emendas parlamentares
Na última segunda (23), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino determinou a suspensão do pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão de 2024 – e mandou a Polícia Federal investigar a liberação desse valor.
As emendas de comissão herdaram os recursos das emendas de relator, que ficaram conhecidas como Orçamento Secreto, depois que o STF tornou a rubrica inconstitucional.
A decisão de Dino incomodou os líderes partidários e Lira chegou a se encontrar com Lula nesta quinta. Durante a madrugada desta sexta, a câmara prestou esclarecimentos ao ministro na busca de destravar os pagamentos, o que não aconteceu,
Em despacho na manhã desta sexta, Dino afirmou que a Câmara não respondeu aos questionamentos anteriores e deu prazo até as 20h para que a Casa preste novos esclarecimentos.
Por g1 política
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