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G1 - Cidades

Exposição de padre artista plástico retrata nu artístico e força da natureza: 'Imersão em beleza e poética'

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Alberto Moreira apresenta exposição 'Perspectivas Introspectivas' no Centro Cultural São Francisco. Obras "O Corpo Pluma", de autoria do Padre Alberto Moreira, artista plástico paraibano

Divulgação/Centro Cultural São Francisco

Quem visitar o Centro Cultural São Francisco, em João Pessoa, até janeiro de 2025, poderá apreciar obras de arte do padre e artista plástico Alberto Moreira. Especialista em nu artístico, Alberto apresenta ao público a exposição "Perspectivas Introspectivas", com um recorte de várias pinturas feitas ao longo de sua carreira.

O interesse pela arte surgiu ainda na infância de Alberto. Ao g1, ele falou sobre o encantamento que nutria ao olhar para a Igreja Matriz da cidade de Sousa, cidade onde nasceu no Sertão paraibano, e relatou que gostava de caprichar nos trabalhos escolares, "com esmero além do que o professor pedia, por prazer de ilustrar".

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Já na adolescência, ele percebeu que sabia pintar ao reproduzir um quadro de um menino inglês, e a partir de então passou a se dedicar ainda mais ao mundo da arte. Se formou em Engenharia Civil e depois em Filosofia e Teologia, para ser padre. Mas a arte continuou o acompanhando.

Obra do padre e artista plástico Alberto Moreira mostra a força da natureza

Divulgação

Em 2011, Alberto cursou História da Arte e participou de várias oficinas e grupos, inclusive, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no Santuário de Nossa Senhora Aparecida. A experiência o proporcionou uma aproximação com a pintura artística de corpos humanos.

"Assim como tudo que diz respeito a beleza me interessa, assim também me interessam os argumentos, os objetos… Quando falamos de arte, ela não está presa a um tipo de assunto ou objeto a ser apresentado. Assim como me interesso em pintar paisagem também me interesso em pintar corpos. Meu interesse era saber onde está a beleza disso, muito mais do que dizer tais coisas são belas…", disse.

Padre e artista plástico Alberto Moreira

Alberto Moreira/Arquivo pessoal

Durante o curso, Alberto e os demais participantes puderam retratar a beleza de modelos com diferentes biotipos. Uma experiência que o fez entender que "ser modelo também é uma arte".

"Outra coisa que descobri que não tinha noção é que ser modelo também é uma arte. Todos eles eram autorais no se expor, em como se expor, éramos nós, os artistas, que deveríamos escolher o ângulo que achávamos melhor. Todos os modelos sempre foram nus, e a exposição era um serviço à arte. Eu ficava emocionado com todo respeito e devoção que a gente pintava o corpo (...) Se vocês olharem nas minhas obras, a beleza do corpo não é um corpo bonito, mas um corpo que tenha história, marca… Um corpo real que expresse uma condição de uma vida", relatou.

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O padre acredita que o corpo humano provoca curiosidade nas pessoas, justamente não se tratar somente de um objeto.

"Não é somente um objeto. É uma pessoa, uma alma, uma vida, uma história… Muito mais além do que a forma, quando está se pintando um humano está se pintando uma pessoa num corpo. Então, pintar um corpo existe de fato uma capacidade de expressar o mistério daquilo que estou querendo representar… Nesse sentido o corpo, de todos os argumentos a se pintar, pede mais respeito, mais cuidado, mais atenção", explicou.

Pintura autoral de Alberto Moreira, padre e artista plástico paraibano

Divulgação

Perspectivas Introspectivas

Na exposição em cartaz no Centro Cultural São Francisco, em João Pessoa, Alberto espera que as pessoas consigam enxergar a beleza, e além disso, tenham uma imersão poética. As obras trazem diferentes representações do corpo humano e da natureza.

"A beleza consiste no mistério contido nessas coisas, mesmo que seja algo que não esteja nos protótipos do tipo de beleza. Espero que seja uma experiência de imersão em uma beleza, em uma poética das coisas que parecem ser banais, caóticas ou até problemáticas, mas são belas porque são questões que dizem respeito a nossa existência. Mesmo

A exposição fica em cartaz até o mês de janeiro e pode ser visitada de terça a domingo. Das 9h às 17h, de terça a sexta, das 9h às 16h aos sábados, e das 9h às 15h aos domingos.

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