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G1 - Manchete

Vídeos mostram roubos a carros feitos por quadrilha que, segundo a polícia, une facções de Rio e SP

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Seis suspeitos de integrar bando foram presos em Laranjeiras, onde costumavam cometer os assaltos. Roubo de veículos aumentou 81% em setembro, de 2023 para 2024. Polícia prende 6 suspeitos de integrar uma das maiores quadrilhas de roubo de carros do Rio

Imagens gravadas por câmeras de segurança mostram alguns dos crimes de uma quadrilha que atua no roubo de carros no Rio. Segundo a polícia, seis integrantes do bando foram presos na quarta-feira (6) – todos eles reincidentes no crime de roubo (veja quem são no fim da reportagem).

De acordo com as investigações, os criminosos são vinculados à facção TCP, que controla o Morro de São Carlos, no Centro do Rio, e atuam em coordenação com o PCC, a maior facção de São Paulo.

O roubo de veículos aumentou 81% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, em todo o estado do RJ.

Em um dos vídeos, um dos homens chega armado e rende os ocupantes de um carro branco. Eles revistam e roubam três vítimas na Praia do Flamengo. Em outro, os bandidos roubam um carro na Rua Moura Brasil, em Laranjeiras (veja no início da reportagem).

Polícia prende 6 suspeitos de integrar uma das maiores quadrilhas de roubo de carros do Rio

Divulgação

Foi no bairro que os seis homens foram presos, em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar. De acordo com a polícia, quatro estavam em um carro roubado, e os outros dois atuavam como escoltas: usavam motos para dar apoio às dezenas de roubos cometidos pela quadrilha.

"Os marginais que vêm nessas motocicletas, eles são conhecidos como batedores. Eles vêm como se fosse escoltando esses criminosos avisando sobre a presença de polícia, avisando sobre o melhor itinerário, e ficam na cobertura para o caso de alguma intercorrência com esses criminosos", explicou Raíssa Seles, coordenadora das delegacias distritais do Rio.

O grupo é suspeito de integrar uma rede especializada em roubos de veículos na Zona Sul, no Centro e na Tijuca, bairro da Zona Norte.

Com eles, foram apreendidas duas pistolas calibre .40, um revólver, toucas ninja e lacres usados para amarrar as vítimas. Três veículos foram recuperados.

"Essa ação é contínua. A gente ataca não só os controladores e os roubadores, e a parte financeira também. Esse é o norte da Operação Torniquete, trabalhando em lavagem de dinheiro das lideranças das facções. Como o comandante falou: o roubo de veículo, o roubo de carga entrou como parte considerável do crime organizado, sobretudo da maior facção assola tanto o Estado do Rio de Janeiro hoje", disse o diretor-geral de Polícia Especializada, André Neves.

Presos somam 13 anotações criminais

André Correia da Silva, 36 anos: três anotações criminais, sendo duas por roubo de carro. André é apontado pela polícia como gerente geral do São Carlos, sendo primo do dono do Morro, o traficante "Coelho".

Mateus da Silva Fonseca, 27 anos: duas anotações criminais sendo um por roubo de veículo.

Marcelo Costa Regallo, 28 anos: três anotações criminais por roubo de veículos. É gerente no tráfico na região, segundo a polícia, e filho de Marcelo da Silva Regallo, conhecido como "Da Colher". O pai foi um antigo traficante do Morro de São Carlos, no Estácio, e um velho conhecido da polícia. Durante as décadas de 1990 e 2000, atuou como um dos principais gerentes do tráfico local e permaneceu foragido da Justiça por muitos anos. Em 2017, Regallo foi morto em um confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), encerrando uma longa trajetória de crimes e perseguições.

José Thiago Vieira ferreira, 24 anos: três anotações por roubos.

Yago dos Santos Domingos: duas passagens sendo uma por receptação criminosa. Atualmente, ocupava o cargo de gerente do roubo de carros da comunidade do São Carlos, de acordo com a polícia.

Bruno Pereira Dutra, 31 anos: com mandado de prisão em aberto por roubo no Rio Grande do Sul. Bruno faz parte de quadrilha atuante no roubo de mansões atuante em diversos Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, de acordo com a investigação.

G1

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