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Dólar abre com volatilidade, com investidores de olho no fiscal e no resultado das eleições municipais

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Por Jr Blitz

28/10/2024 às 09:10:59 - Atualizado há
Foto: Folha - UOL
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana teve alta de 0,74%, cotada a R$ 5,7046. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 0,13%, aos 129.893 pontos. Cédulas de dólar

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O dólar abriu em xxx nesta segunda-feira (28), abrindo uma semana agitada para o mercado financeiro. Por aqui, investidores começam a semana avaliando o resultado das eleições municipais e na expectativa pelo pacote de cortes prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na semana, uma série de indicadores de atividade e emprego no Brasil e no exterior ficam no radar, bem como a continuidade da temporada de balanços referentes ao terceiro trimestre do ano.

Nos Estados Unidos, o destaque fica com os novos dados de emprego e inflação, que devem dar novos sinais sobre quais devem ser os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução dos juros do país.

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Veja abaixo o resumo dos mercados.

Dólar

Às 09h01, o dólar tinha queda de 0,03%, cotado a R$ 5,7024. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,7131. Veja mais cotações.

Com o resultado, acumulou:

recuo de 0,11% na semana;

avanço de 4,73% no mês;

ganho de 17,56% no ano.

No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,52%, a R$ 5,6629.

O

Ibovespa

Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,13%, aos 129.893 pontos.

Com o resultado, acumulou:

queda de 0,46% na semana;

perdas de 1,46% no mês;

recuo de 3,20% no ano.

Na véspera, o índice teve uma alta de 0,65%, aos 130.067 pontos.

O que está mexendo com os mercados?

Com uma agenda esvaziada de indicadores nesta sexta-feira (25), investidores continuaram a repercutir os sinais sobre o quadro fiscal doméstico e sobre a condução da política monetária por parte do Banco Central do Brasil (BC).

Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou em mais uma trilha de finanças do G20. Ao lado do presidente do BC, Roberto Campos Neto, o ministro defendeu o fortalecimento do arcabouço fiscal brasileiro, voltando falar sobre a necessidade de o governo conseguir torná-lo crível no médio e longo prazo.

Nesta semana, Haddad já havia afirmado que vai discutir iniciativas relacionadas ao tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reiterando que o fortalecimento do arcabouço vai viabilizar uma melhora das expectativas de mercado para as contas públicas.

Após a adoção de uma série de medidas arrecadatórias, a equipe econômica vinha sendo pressionada a adotar iniciativas pelo lado das despesas e prometeu que, após o segundo turno das eleições municipais, vai apresentar projetos de controle de gastos.

O tema também tem sido abordado de maneira frequente pelo BC como fator de influência na política monetária. Na véspera, o presidente da instituição voltou a afirmar que as expectativas desancoradas de inflação (quando as projeções do mercado estão longe da meta do BC) e o patamar atual dos prêmios de risco do país preocupam muito a autoridade monetária.

"Temos que fazer a inflação convergir para a meta, esse é o nosso mandato, e explicar como vamos fazer isso. Entendemos que às vezes, no curto prazo, temos que adaptar a linguagem, mas esse é o nosso foco e nossa missão", disse Campos Neto recentemente, em evento promovido pelo banco UBS em Washington, nos EUA.

Com as preocupações fiscais como pano de fundo, o mercado também segue repercutindo os últimos dados divulgados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país.

O indicador subiu 0,54% em outubro, acelerando em relação ao mês anterior (0,13%) e também acima das expectativas do mercado (0,50%). O movimento foi puxado principalmente pelo forte avanço da energia elétrica residencial, que teve uma alta de 5,29% no mês, com a mudança da bandeira tarifária para a vermelha patamar 2, que adiciona um custo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.

O resultado acima do esperado reforça as expectativas dos investidores de que a Selic, taxa básica de juros, deve subir mais nos próximos meses. Atualmente, a taxa está em 10,75% ao ano.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, diz que a "inflação de serviços deve continuar pressionada pelo mercado de trabalho aquecido e por ganhos salariais acima da produtividade", além da seca e outros fatores climáticos, que podem encarecer itens voláteis, como energia e alimentação.

"Os dados do IPCA-15 de hoje reforçam nossa visão de que Copom precisará seguir com o ciclo de alta da Selic nas próximas decisões, com ajustes de 0,5 ponto percentual nas reuniões de novembro e dezembro", destaca Claudia.

Já no exterior, investidores seguem atentos aos desdobramentos da corrida eleitoral norte-americana, que segue acirrada. Os balanços corporativos do dia também seguem no radar.

*Com informações da agência de notícias Reuters
Fonte: G1
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