Rodovias e ferrovias foram destruídas nesta terça-feira (15). Tensão entre os países tem aumentado e poderá levar a conflito armado, segundo ameaça do Norte. Fumaça se eleva após a Coreia do Norte explodir trechos de estradas do seu lado da fronteira, segundo o exército da Coreia do Sul
Ministério da Defesa da Coreia do Sul/Divulgação via Reuters
A Coreia do Norte explodiu trechos de estradas e ferrovias do seu lado da fronteira que se conectam com a Coreia do Sul, informou o exército de Seul nesta terça-feira (15), de acordo com a agência Reuters.
Por volta do meio-dia, no horário local, algumas partes das estradas e ferrovias foram destruídas. Em resposta, o exército sul-coreano disparou tiros de advertência ao sul da linha de demarcação militar que divide os países, embora as explosões não tenham causado danos no lado de Seul.
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As explosões ocorreram após o governo norte-coreano prometer na semana passada cortar completamente as estradas e ferrovias entre os países e reforçar ainda mais as áreas do seu lado da fronteira. Seul havia alertado na segunda-feira (14) que a Coreia do Norte estava se preparando para uma detonação.
A Coreia do Norte já estava instalando minas terrestres e barreiras ao longo da fronteira e foi vista na segunda-feira realizando trabalhos adicionais com equipamentos pesados, informaram as forças armadas da Coreia do Sul - que aumentou a vigilância e prontidão.
Conforme a agência, as duas Coreias ainda estão tecnicamente em guerra, já que a guerra de 1950 a 1953 terminou em um armistício, e não em um tratado de paz.
Os vínculos transfronteiriços são remanescentes de períodos de aproximação entre os países, incluindo a cúpula de 2018 entre os líderes, quando declararam que não haveria mais guerra e que uma nova era de paz havia começado.
Tem ocorrido uma escalada na tensão entre as Coreias após o Norte acusar seu rival de enviar drones sobre a capital Pyongyang.
A Coreia do Norte disse na sexta-feira (11) que os drones espalharam um "número enorme" de panfletos anti-Norte, em uma provocação política e militar que poderia levar a um conflito armado.
Um porta-voz das forças armadas sul-coreanas se recusou a responder na segunda-feira (14) perguntas sobre se o exército do país ou civis haviam pilotado os supostos drones.
O líder norte-coreano Kim Jong Un supervisionou na segunda uma reunião com oficiais de defesa e segurança para discutir como responder à "séria provocação do inimigo que violou a soberania" do país.
Fonte: G1