Durante audiência em Nova York, Santos pediu desculpas aos eleitores e admitiu irregularidades. Sentença sobre multas ou pena de prisão só sairá em fevereiro de 2025. Ex-deputado dos EUA, brasileiro George Santos comparece a tribunal em Nova York onde se declarou culpado em caso de corrupção em 19 de agosto de 2024.
AP Photo/Stefan Jeremiah
George Santos, ex-deputado dos Estados Unidos e filho de brasileiros, se declarou culpado de acusações de fraude durante uma audiência judicial nesta segunda-feira (19). A pena pode chegar a até 22 anos de prisão, segundo a agência Reuters.
Em maio de 2023, Santos foi acusado de lavagem de dinheiro de fundos de campanha para pagar despesas pessoais, além de fazer cobranças em cartões de crédito de doadores sem consentimento.
As investigações apontam ainda que o ex-deputado recebeu benefícios destinados a pessoas desempregadas, mesmo estando trabalhando.
Nesta segunda-feira, durante audiência judicial em Nova York, ele se declarou culpado das acusações. No entanto, a sentença de condenação só deverá ser conhecida no dia 7 de fevereiro de 2025.
"Lamento profundamente minha conduta e o dano que ela causou. Aceito total responsabilidade por minhas ações", disse no tribunal ao ler uma declaração.
A agência Reuters informou que a confissão de Santos pode garantir um mínimo de dois anos de prisão. Enquanto isso, a Associated Press informou que o ex-deputado por pegar mais de seis anos de cadeia, além de ser condenado a pagar pelo menos US$ 370 mil (R$ 2 milhões).
Os escândalos levaram o ex-deputado republicano a ter o mandato cassado no Congresso dos Estados Unidos no fim do ano passado. A cadeira acabou sendo ocupada por um democrata.
Uma investigação bipartidária do Comitê de Ética da Câmara descobriu que ele gastou dinheiro de campanha em botox, compras com produtos de marcas de luxo e em uma plataforma de conteúdo adulto.
Após perder o mandato, o ex-deputado começou a negociar uma confissão de culpa com os promotores da Justiça dos Estados Unidos. Antes, ele havia se declarado inocente à Justiça.
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Fonte: G1