Seis das 24 províncias do país estão sob estado de exceção de 2 de julho até o fim de agosto. Exército nas ruas do Equador, em estado de exceção, em janeiro deste ano
Rodrigo BUENDIA / AFP
O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou nesta quinta-feira (8) um toque de recolher noturno em 20 cidades do país, com o objetivo de conter a violência dos grupos criminosos, informou a agência France Presse. Seis das 24 províncias do país estão sob estado de exceção de 2 de julho até o fim de agosto.
O decreto ressalta que um estudo da polícia determinou que "a maioria dos homicídios ocorre entre as 22h e 5h" nesses municípios, o que levou a instituição a recomendar "a restrição de mobilidade nesse período".
Segundo a agência, entre as cidades onde o toque de recolher entrará em vigor estão Durán — considerada um refúgio de criminosos ligados ao narcotráfico e a sequestros e extorsões — e Camilo Ponce Enríquez, onde as forças de segurança resgataram no mês passado 49 pessoas sequestradas em uma mina.
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Desde que assumiu a presidência, em novembro do ano passado, Noboa decretou medidas excepcionais para tentar conter a violência dos grupos criminosos, que chama de terroristas.
Onda de violência
A crise no Equador, que começou com motins em prisões, faz parte de uma onda de violência que vem tomando conta do país desde agosto de 2023. A eleição presidencial, que deveria ocorrer apenas em 2025, foi antecipada após a dissolução da Assembleia Nacional.
Em agosto do ano passado, às vésperas da votação, Fernando Villavicencio, um dos candidatos à presidência, foi morto a tiros à luz do dia ao sair de um comício.
Já em janeiro deste ano, a crise de segurança que atinge o Equador tomou novas proporções, quando uma universidade em Guaiaquil e uma emissora de TV local foram invadidas por homens armados com revólveres e bombas.