À AFP, uma das autoridades do grupo terrorista disse que decisão foi tomada por 'massacres' israelenses e pela atitude do país nas negociações. Um dos chefes do Hamas foi alvo de um bombardeio no sábado (13). Ataque de Israel contra dois comandantes do Hamas deixa 90 mortos em Gaza
O Hamas anunciou que suspendeu as negociações de cessar-fogo com Israel, neste domingo (14). A afirmação foi feita por uma das autoridades do grupo terrorista à AFP. A decisão acontece após um ataque israelense na Faixa de Gaza deixar mais de 90 mortos.
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O bombardeio israelense atingiu uma zona considerada humanitária perto de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, no sábado (13). O Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas, afirmou que quase 300 pessoas ficaram feridas.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, o ataque aéreo teve como alvo Mohammed Deif, chefe do braço militar do Hamas e um dos mentores do ataque de 7 de outubro de 2023. O grupo terrorista informou que Deif está bem.
Os israelenses disseram ainda que o bombardeio foi feito em uma "área aberta" onde havia "apenas terroristas do Hamas e nenhum civil".
Neste domingo, à AFP, uma das autoridades do Hamas afirmou que o grupo estava se retirando das negociações por causa dos "massacres" israelenses e diante da atitude do país nas negociações.
A mesma autoridade relatou que o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, já comunicou a decisão aos mediadores internacionais e justificou que Israel tem faltado com seriedade.
Acordo parecia estar perto
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Reuters
As negociações de um cessar-fogo entre Israel e Hamas estavam avançando há semanas e pareciam estar próximas de um acordo. No início do mês, o grupo terrorista havia flexibilizado a proposta para uma interrupção temporária no conflito e aguardava uma resposta de Israel.
O cessar-fogo foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU em junho. O plano de três fases, apresentado pelo presidente Joe Biden, tinha como objetivo libertar cerca de 120 reféns israelenses detidos pelo Hamas e um cessar-fogo inicial de seis semanas.
Apesar de o Hamas ter aceitado a proposta elaborada pelos Estados Unidos, o grupo havia sugerido algumas mudanças — como a retirada permanente das tropas de Israel da Faixa de Gaza.
Algumas das sugestões, no entanto, foram vistas pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, como inviáveis.
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Fonte: G1