'Esteja certo de que a resposta iraniana ao ataque ao consulado em Damasco definitivamente está chegando contra Israel', afirmou Sayyed Hassan Nasrallah, o chefe do Hezbollah. Irã promete vingança, após ataque ter destruído embaixada em Damasco
O chefe do grupo armado libanês Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que o Irã tem direito de "punir" Israel pelo ataque ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, e que a resposta está a caminho.
Nasrallah fez comentários transmitidos pela TV nesta sexta-feira (5). "Esteja certo de que a resposta iraniana ao ataque ao consulado em Damasco definitivamente está chegando contra Israel", afirmou ele.
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O Hezbollah é um grupo do Líbano que recebe apoio do Irã. Na última segunda-feira, o consulado do Irã em Damasco, na Síria, foi atacado e sete membros da Guarda Revolucionária iraniana morreram, entre eles, um comandante sênior da Força Quds, o general de brigada Mohammad Reza Zahedi. O Irã prometeu vingança.
Segundo o líder do Hezbollah, o ataque israelense ao consulado do Irã marcou um "ponto de virada" na dinâmica do Oriente Médio.
Os conflitos na região aumentaram desde 7 de outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, atacou Israel.
Israel se prepara para ataque do Irã
Israel se preparou para a possibilidade de um ataque retaliatório, cancelando as licenças de todas as unidades de combate e mobilizando mais tropas para as unidades de defesa aérea.
O ministro da Defesa Yoav Gallant disse nesta sexta-feira a soldados israelenses em uma base aérea que Israel ataca os inimigos onde quer que seja: "Pode ser em Damasco e pode ser em Beirute", disse.
"O inimigo é duramente atingido em todos os lugares e, portanto, está procurando maneiras de responder. Estamos prontos com uma defesa em várias camadas."
Fumaça perto de edifícios diplomáticos do Irã em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024
Firas Makdesi/Reuters
Confronto por procuração
Até agora, o Irã evitou entrar diretamente no conflito, mas apoiou uma série de ataques de aliados em toda a região a alvos israelenses e norte-americanos no Líbano, na Síria, no Iêmen e no Iraque.
Diplomatas e analistas afirmam que a elite clerical do Irã não quer uma guerra total com Israel ou com os EUA, o que poderia colocar em risco seu poder, e prefere continuar usando representantes para realizar ataques táticos seletivos contra inimigos.
O Hezbollah tem trocado tiros com Israel através da fronteira sul do Líbano desde 8 de outubro.
No sábado, um ataque israelense na cidade de Marjayoun matou três combatentes do Amal, segundo fontes médicas e de segurança. Cerca de 270 integrantes do Hezbollah também foram mortos.
Nasrallah disse nesta sexta que o grupo tem armas e forças que ainda não foram usadas contra Israel.
Fonte: G1