ESTUDOS
Segundo o superintendente da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Henrique Castilho, ainda não há local definido para a construção da nova área de escape na Anel. "É muito importante fazer uma nova área de escape. A primeira está em pleno funcionamento e dando muito certo. Mas, para chegar àquele trecho, na época muito criticado, foi preciso fazer vários estudos. Estamos trabalhando ainda, não temos o local exato (para a nova estrutura”, disse.
Ele explicou que as obras vão ser tocadas em paralelo. "Temos projetos executivos prontos, na fase de orçamento. Para as outras áreas, entre elas a de escape, devemos trabalhar o estudo do projeto e a parte executiva. Possivelmente, o projeto executivo da área de escape terá início no ano que vem”, prevê. Castilho detalhou as intervenções nos oito pontos incluídos no PAC, a maior parte com início ou licitação do projeto executivo previstos para 2024. São elas: implantação de um viaduto e alças viárias na BR-040 sobre o Anel Rodoviário; alargamento de viaduto existente sobre a Avenida Amazonas, implantação de dois novos, alças e passarela; alargamento de viaduto sobre a Avenida Presidente Antônio Carlos, alças e passarela; pontilhão ferroviário no Bairro Betânia; alargamento de viaduto existente e implantação de outro sobre a Avenida Tereza Cristina, alças e passarela; viaduto da Praça São Vicente, , incluindo quatro novos elevados e alças viárias; dois novos viadutos e alças viárias sobre a Avenida Pedro II; alargamento do viaduto sobre a Cristiano Machado e construção de um novo. Já há projeto executivo para os dois primeiros pontos. Todas as obras de alargamento de viadutos, com projeto mais simplificado, terão início ainda no ano que vem, segundo o prefeito.
Descida do Betânia é candidata para nova estrutura
Construída em 2022, a área de escape do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, localizada na altura do Km 541 da BR-040, próximo ao Bairro Betânia, completou um ano em 31 de julho. Desde sua inauguração, a estrutura já evitou 22 acidentes, sendo nove envolvendo caminhões e ônibus e 13 com veículos de passeio. Não houve feridos em nenhum dos casos de acionamento da estrutura, de acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Segundo a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), entre 1º de agosto de 2021 e 25 de julho de 2022, 107 acidentes com vítimas foram registrados no trecho onde hoje há a área de escape. Já os dados entre agosto de 2022 e 25 de julho deste ano, a partir da construção da estrutura de segurança, mostram 66 acidentes, revelando uma diminuição de 38,31% de um período para o outro. O professor José Elievam Bessa Júnior, do Departamento de Engenharia de Transportes e Geotecnia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), avalia que, antes de especular sobre um possível local para a nova área, é importante ressaltar que esse tipo de definição exige acesso a dados técnicos. “São informações cruciais o perfil geométrico do trecho, que envolve as curvas e as subidas e descidas, e os caminhões típicos e críticos que trafegam no Anel Viário de Belo Horizonte. Dito isso, é importante ainda a compreensão de que os veículos pesados perdem os freios não necessariamente na descida mais íngreme, mas especialmente após uma sucessão de rampas dessa natureza. Sendo assim, me parece que a descida do Bairro Betânia é um lugar candidato e que tem essas características. No entanto, é necessário verificar se o entorno permitiria a realização das obras”, explica. O especialista em transporte Silvestre Andrade concorda com o professor da UFMG. É preciso levar em conta aspectos técnicos e operacionais para a escolha. “O local do próximo (escape) precisa ser estudado, verificando os trechos de acidente, antecipando o problema e tentando analisar as condições de construção, como relevo e ocupação na via.” Ele também acredita que a descida do Bairro Betânia poderia receber essa nova área de escape. “É um local que merece uma área de escape. Mas o local exato, se é no trevo ou antes, para não deixar chegar no limite, deve ser estudado. Se o motorista está descendo aquele trecho e já percebe que não sente o freio, não precisa chegar até o trevo, como no caso da primeira”, disse, se referindo à área já existente. (MC)LMG-760 pavimentada
Após 40 anos de espera da população na Região Central de Minas Gerais, as obras de pavimentação da LMG-760 foram entregues pelo governo do estado na quinta-feira. O trecho, de aproximadamente 50 quilômetros, vai diminuir a distância entre o Vale do Aço e a Zona da Mata, além de conectar essas regiões à BR-381 e à BR-262, duas rodovias federais que também serão desafogadas. Segundo o governo de Minas, 216 mil pessoas serão beneficiadas e R$ 207 mil foram investidos nas obras. A rodovia começa no município de São José do Goiabal e segue até a cidade de Timóteo, no Vale do Aço. A melhoria da estrada começou a ser reivindicada pela população local na década de 1980. As intervenções fazem parte do programa estadual "Provias". Atualmente, há 52 outras melhorias realizadas no estado.Estadão