Samuel estava desaparecido desde o último dia 2. Ele viajou até Novo Hamburgo (RS) para cobrar uma dívida de R$ 5 milhões, referente à venda de 44 veículos a um parceiro comercial.
O empresário marcou um encontro com o suspeito e, ao chegar no local, não encontrou os carros que deveriam estar à venda na cidade. Em mensagem enviada aos familiares, Samuel avisou que ele e o sócio iriam até Santo Antônio do Patrulha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, para ver os veículos, que estariam em um galpão localizado na cidade. O mistério começou no retorno, no início da tarde.
Samuel fez contato com a família pela última vez no dia 2, por volta das 13h30. Depois disso, não se teve notícias dele, o que fez com que a família acionasse a polícia gaúcha.
Na manhã do dia 3, o pai, o irmão e o cunhado de Samuel chegaram a Novo Hamburgo e registraram o desaparecimento na Polícia Civil. O empresário tinha reserva no hotel até o dia 4. Ele foi visto pela última vez por volta das 13h10, em imagens do circuito de segurança de um posto de combustíveis em uma estrada de Taquara, município da Região Metropolitana de Porto Alegre.
No dia 4, o parceiro comercial de Samuel em Novo Hamburgo foi preso. O homem, que não teve a identidade informada, tem passagens pela polícia por estelionato, posse ilegal de arma e supressão de documentos. Além dele, a polícia também prendeu, no sábado (10/6), um comparsa, suspeito de participação no crime.
O corpo de Samuel foi encontrado na manhã desse domingo (11/6) em uma área de mata na cidade de Santo Antônio da Patrulha, onde o sócio da vítima morava. Ele foi localizado perto de uma casa abandonada, com nove marcas de tiro.
Nessa mesma casa, foram encontrados restos de lona de caminhão, o que fez com fosse levantada a suspeita de que o mineiro já estaria morto e tivesse sido enrolado para ser enterrado. Dois suspeitos do crime já foram presos.
Estadão