A pesquisa foi realizada entre 2 de fevereiro e 28 de março e teve como público-alvo os 513 deputados e 81 senadores. Construído a partir de um algoritmo que avalia métricas das redes sociais, o IPD varia de 0 a 100. Tanto na Câmara dos Deputados como no Senado, a média da popularidade de nomes da oposição é maior que a de membros da situação: 17,3 contra 15,2 entre os deputados e 23,4 contra 16,9 entre os senadores.
Câmara dos Deputados
Entre os 10 deputados federais com melhor pontuação no IPD, oito são da oposição. O 2º colocado, Fábio Teruel (MDB-SP), é considerado independente e o 3º na lista, André Janones (Avante-MG) é o único governista. Nikolas Ferreira (PL-MG) lidera o ranking que conta com bolsonaristas notórios como Maurício Marcon (Podemos-RS), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), André Fernandes (PL-CE) e Bia Kicis (PL-DF). Veja a lista completa
Veja o ranking completo:
- Nikolas Ferreira (PL-MG)
- Fábio Teruel (MDB-SP)
- André Janones (Avante-MG)
- Mauricio Marcon (Podemos-RS)
- Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
- Tiririca (PL-SP)
- André Fernandes (PL-CE)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Gustavo Gayer (PL-GO)
- Marcel Van Hattem (Novo-RS)
O levantamento da Genial/Quaest traz também comentários sobre os resultados dos parlamentares mais influentes. Nikolas Ferreira tem o IPD de 53,9 e lidera a lista com folga, Fábio Teruel tem 47 e Janones, 37. De acordo com a pesquisa, o deputado mantém a estratégia de criação de polêmicas que o tornou nacionalmente conhecido.
A postagem de maior engajamento de Nikolas no período analisado pela pesquisa é a reprodução de um vídeo em que ele
veste uma peruca e faz pronunciamento apontado como transfóbico no parlatório da Câmara no Dia Internacional da Mulher. A discussão sobre o episódio também é tema da postagem de maior engajamento de André Janones.
Senado
O cenário no Senado Federal é parecido com o da Câmara, mas ainda mais favorável aos opositores do governo Lula, campo em que estão os 10 parlamentares de maior popularidade na casa. O mineiro Cleitinho (Republicanos-MG), com IDP 65,2, lidera a lista e é seguido por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Sérgio Moro (União Brasil- PR). O ranking ainda inclui mais ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro (PL) como Damares Alves (Republicanos-DF), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Marcos Pontes (PL-SP).
Veja o ranking completo
- Cleitinho (Republicanos-MG)
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
- Sergio Moro (União-PR)
- Romário (PL-RJ)
- Magno Malta (PL-ES)
- Damares Alves (Republicanos-DF)
- Marcos do Val (Podemos-ES)
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
- Rogério Marinho (PL-RN)
- Marcos Pontes (PL-SP)
Cleitinho, embora apareça em postagens ao lado de Nikolas Ferreira, é avaliado pela pesquisa como um parlamentar que não se limita a atacar o governo atual e exaltar a gestão passada, focando também em criticar a cobrança de impostos e a qualidade do serviço público. O antagonismo a Lula é apontado como característica principal da atuação digital de Flávio Bolsonaro e Sérgio Moro, que completam as três primeiras posições do ranking.
Assuntos mais comentados
O levantamento da Quaest também aponta os assuntos mais comentados dentro do período analisado no Congresso Nacional. Entre os temas mais discutidos há maior divisão entre pautas governistas, de oposição e de críticas ao bolsonarismo. Nikolas é pivô do episódio de maior alcance, novamente com o discurso considerado transfóbico. O escândalo das jóias de Jair Bolsonaro ocupa a segunda colocação.
Veja o ranking de assuntos mais comentados e o alcance do tema nas redes:
- Nikolas manda recado para todes (peruca) - Oposição - 89,4 milhões
- Jóias de Bolsonaro - Governo - 78,2 milhões
- Invasões de terra do MST voltaram - Oposição - 41,1 milhões
- PT quer assassinar Moro/ Lula contra Moro - Oposição - 40,7 milhões
- PT tem ligações com PCC/ Dino na Maré - Oposição - 37,5 milhões
- CPMI do 8 de janeiro - Oposição - 33,6 milhões
- Novo valor do Bolsa Família - Governo - 31,8 milhões
- Queda no preço das carnes/ picanha - Governo - 8,12 milhões
- Cassação do deputado Nikolas Ferreira - Governo - 7,6 milhões
- Ação de Lula em São Sebastião/ chuvas - Governo - 7,3 milhões