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Tebet tenta aumentar adesão ao Censo do IBGE: 'Abram as portas'

Por Jr Blitz 25/03/2023 às 16:42:10

“Abram as portas de suas casas para o IBGE. Significa abrir as portas para uma vida melhor”, disse a ministra. Apesar da forte propaganda realizada nos últimos meses sobre o retorno do Censo, o IBGE luta contra a desconfiança da população em relação ao trabalho do Instituto. 
Tebet participou de um evento do IBGE, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa), chamado “Favela no Mapa”, que estimula a realização do Censo nas comunidades brasileiras. A ministra garantiu que vai trabalhar para que o Instituto obtenha recursos necessários para a conclusão do serviço. 
“Sem Censo não há política pública”, afirmou a ministra. “Orçamento público (para o IBGE) não faltará”, completou. 
Durante o evento, a ministra afirmou que houve um sucateamento do IBGE enquanto Jair Bolsonaro (PL) era presidente do Brasil. Tebet destacou que o “baixo investimento no Instituto, se deve ao negacionismo do ex-mandatário”. “O governo passado não acreditava em estatísticas e evidências. Atrasamos o IBGE”, afirmou.

Fase final

Faltam apenas 6 dias para que o trabalho dos recenseadores finalize. De acordo com a Agência Brasil, o Censo 2022 já ouviu 91% dos domicílios brasileiros, mas o objetivo é concluir as entrevistas até o dia 31 de março. Porém, o Instituto ainda não conseguiu atingir o mínimo de 95% de cobertura em diversas comunidades espalhadas pelo país. A pesquisa Data Favela 2023, divulgada neste mês de março, mostrou que se as favelas brasileiras formassem um estado, seria o terceiro maior do Brasil em população. Segundo o estudo, o número de favelas dobrou na última década, totalizando 13.151 mapeadas pelo país. São estimados 5,8 milhões de domicílios em favelas com 17,9 milhões de moradores.  Tebet reforçou a relevância de se ter informações mais atualizadas sobre os habitantes das favelas brasileiras, pois além de revelar “quem somos”, esses “dados movimentam a economia”.  
"O banco de diagnóstico é de como somos, quem somos… é importante para o governo federal e iniciativa privada também”, argumenta. “Esses dados movimentam a economia. Sem um banco de dados completo estamos fadados a não ter crescimento com qualidade de vida."
Além da recusa, o Censo encontrou dificuldade em localizar os moradores das comunidades, já que muitos trabalham o dia inteiro fora e, por causa do transporte público, demoram muitas horas para chegarem em casa. Outro fator foi a omissão de domicílio, aquelas residências que estão nos fundos ou em lajes. A dificuldade de acesso e circulação dentro dessas comunidades também afetou o trabalho dos recenseadores. 

Fonte: Estadão

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