Ensaios terão 600 participantes. Vacina, que não está disponível no Brasil, usa a tecnologia de RNA mensageiro, mesma da Pfizer. A foto, de arquivo, mostra um frasco da vacina da Moderna contra a Covid-19 em uma clínica em Los Angeles, na Califórnia, em 15 de dezembro de 2021.
Frederic J. Brown / AFP
O laboratório americano Moderna anunciou, na quarta-feira (26), que começou a testar uma dose de reforço de sua vacina contra a Covid-19 desenvolvida especificamente para agir contra a variante ômicron do coronavírus.
Estudos e agências internacionais confirmam importância de dose de reforço contra a ômicron
O ensaio clínico será de fase 2, com 600 participantes, todos nos Estados Unidos. A empresa pretende que metade deles seja de pessoas que já receberam as duas doses da vacina original da Moderna (mRNA-1273) há pelo menos 6 meses. A outra metade deverá ser composta por pessoas que receberam as duas doses iniciais e o reforço, ainda da mesma vacina, há pelo menos 3 meses.
Nos novos testes, ambos os grupos vão receber a nova dose de reforço, desenvolvida especificamente contra a ômicron (mRNA-1273.529). Com isso, um grupo terá recebido 3 doses de vacina e o outro, 4 doses.
A vacina da Moderna não está disponível no Brasil – mas o imunizante usa a mesma tecnologia da vacina da Pfizer, de RNA mensageiro (veja infográfico abaixo).
Infográfico mostra como funcionam vacinas de RNA contra o coronavírus
Anderson Cattai/G1
Dose de reforço atual
A Moderna também anunciou resultados de testes já feitos, com a dose de reforço atual (não específica para a ômicron).
Neles, o nível de anticorpos neutralizantes contra a variante ômicron diminuiu cerca de 6 vezes após seis meses da aplicação, mas continuou detectável em todos os 120 participantes – independentemente da quantidade de vacina recebida no reforço.
Nesse segundo ensaio, que teve os resultados divulgados na revista "New England Journal of Medicine", a empresa também constatou que o nível de anticorpos contra a ômicron atingiu o pico 29 dias após a dose de reforço.
Aos 7 meses após a segunda dose, antes da dose de reforço, a neutralização contra a ômicron só foi detectada em 55% dos participantes (66 pessoas).
Fonte: G1