Em partes do país como Nova York, proporção chega a 90%; segundo CDC, país teve mais de 650 mil contaminações pela variante na semana passada. Desde o final de junho, maioria dos casos era provocado pela delta. Pessoas aguardam em fila para realizar teste de Covid na Times Square, em Nova York, no domingo (19)
Reuters/Andrew Kelly
A variante ômicron superou as demais e agora é a versão dominante do coronavírus nos Estados Unidos, respondendo por 73% dos novos casos de Covid na semana passada, disseram autoridades federais de saúde nesta segunda-feira (20).
Os números dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostraram um aumento de quase seis vezes na participação do ômicron nas infecções em apenas uma semana.
Em grande parte do país, a proporção é ainda maior. A ômicron é responsável por cerca de 90% ou mais das novas infecções na área de Nova York, no Sudeste, no Centro-Oeste industrial e no Noroeste do Pacífico. A taxa nacional sugere que mais de 650 mil infecções por ômicron ocorreram nos EUA na semana passada.
Desde o final de junho, a variante delta vinha sendo a principal versão a causar infecções nos EUA. Até o final de novembro, mais de 99,5% dos casos de Covid eram provocados pela delta, de acordo com dados do CDC.
A diretora do CDC, Dra. Rochelle Walensky, disse que os novos números refletem o tipo de crescimento visto em outros países.
“Esses números são nítidos, mas não surpreendem”, disse ela.
Imagem destaca variante ômicron do coronavírus feita com um microscópio
Cortesia Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong
Cientistas na África deram o alarme sobre o ômicron há menos de um mês e, em 26 de novembro, a Organização Mundial de Saúde o designou como uma "variante de preocupação". A mutação já apareceu em cerca de 90 países.
O Dr. Eric Topol, chefe do Scripps Research Translational Institute, disse que outros países viram o rápido crescimento da ômicron, mas os dados dos EUA mostraram "um salto notável em tão pouco tempo".
Topol também disse que não está claro o quanto a ômicron é realmente mais suave em comparação com outras variantes. “Essa é a grande incerteza agora”.
As estimativas do CDC são baseadas em milhares de amostras de coronavírus coletadas a cada semana em laboratórios universitários e comerciais e departamentos de saúde estaduais e locais. Os cientistas analisam suas sequências genéticas para determinar quais versões dos vírus Covid-19 são mais abundantes.
Fonte: G1