Ação criminosa começou por volta das 23h50 de 30 de novembro do ano passado e terminou duas horas depois, já na madrugada de 1º de dezembro. VÍDEO: Imagens mostram momento de tiroteio em Criciúma, SC
Um dos cinco policiais militares que cruzou com os responsáveis pelo mega-assalto ao Banco do Brasil em Criciúma, no Sul catarinense, contou como foi a chegada do comboio de criminosos na cidade, na noite de 30 de novembro.
Segundo o cabo da Polícia Militar Paulo Marcos Felisberto, a guarnição tentou impedir a ação criminosa, enquanto que o 9º Batalhão de Polícia Militar era atacado a tiros.
"A gente viu o comboio passando e não sabia do que se tratava, não tinha ideia do que era. Foi quando o cabo Fontana falou 'são eles'. Ali já vieram os disparos. A gente respondeu de imediato. Demos uma média uns 80 disparos em quatro, em cinco segundos", lembra o PM.
A ação criminosa começou por volta das 23h50 de 30 de novembro e terminou duas horas depois, já na madrugada de 1º de dezembro, com os criminosos levando cerca de R$ 125 milhões da tesouraria do banco, localizada na região central da cidade.
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Um grupo fortemente armado provocou uma onda de assaltos a bancos em Criciúma, em Santa Catarina, no início desta terça-feira, 1º de dezembro
Guilherme Hahn/Ishoot/Estadão Conteúdo
O militar Paulo Marcos Felisberto conta que, após o confronto, o grupo se refugiou no pátio de um hotel, já com o colega Jeferson Luiz Esmeraldino ferido, onde foi feita uma barricada para se proteger de um novo ataque, caso o comboio decidisse retornar.
"Na hora a gente não conseguia tomar uma decisão do que ia fazer, porque tinha muita informação falsa chegando. Essa bomba de informação no WhatsApp, única rede de comunicação que tínhamos na hora, acabou prejudicando na tomada de decisão", conta.
Entre as mensagens recebidas pelos policiais, segundo Felisberto, estavam a suspeita de um atirador profissional escondido sobre algum prédio, na área central, um suposto ataque à Polícia Civil e à sede da empresa de segurança, que transporta valores para as agências bancárias. Nenhuma informação se confirmou.
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Diorgenes Pandini/NSC
Investigações
Atualmente, há duas investigações sigilosas em curso na Justiça catarinense sobre o caso. Dezesseis foram denunciadas em um processo criminal que apura o crime de organização criminosa. No segundo inquérito, 12 réus (dez deles já citados no primeiro inquérito) respondem pela prática de roubo qualificado com o resultado de lesão corporal grave, dano qualificado e incêndio.
No total, 10 estão presos e dois foragidos. No início do mês, seis acusados no primeiro processo criminal receberam liberdade provisória. Aos investigados, houve a imposição de medidas cautelares diversas da prisão.
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Diorgenes Pandini/ NSC
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Fonte: G1