Presidente ucraniano afirmou que aceitou 'imediatamente' proposta dos EUA para cessar-fogo no conflito, que excedeu expectativas do país. Trump pediu disse que posição da Ucrânia é 'muito ruim' e pediu para Putin poupar vidas no campo de batalha. Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (à direita), se encontra com o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca em 28 de fevereiro de 2025.
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REUTERS/Nathan Howard
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou acreditar que "neste momento, temos uma boa chance da guerra terminar rapidamente", mas para isso será necessário que seus aliados pressionem o presidente russo, Vladimir Putin, para evitar que ele sabote as negociações de cessar-fogo.
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"Agora, temos uma boa chance de encerrar esta guerra rapidamente e garantir a paz. Temos entendimentos sólidos sobre segurança com nossos parceiros europeus. (...) Agora, estamos próximos do primeiro passo para encerrar qualquer guerra – o silêncio", disse Zelensky em referência ao cessar-fogo temporário de 30 dias proposto pelos EUA e já aceito por ele.
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O líder ucraniano disse que aceitou "imediatamente" a proposta americana quando foi consultado por seus representantes que foram à Arábia Saudita para negociar com o secretário de Estado, Marco Rubio, e o conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, no início desta semana.
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Isso porque, segundo Zelensky, a proposta dos EUA "foi além" das expectativas ucranianas. Os americanos sugeriram um cessar-fogo imediato e condicional também por terra, além do mar, e do ar.
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"Não queremos brincar com a guerra. (...) É claro que pensamos em garantias de segurança. É claro que pensamos em como controlar o cessar-fogo. Mas o primeiro passo é necessário. Apoiamos nossos parceiros americanos e o presidente Trump nisso. (...) A Ucrânia está pronta para agir de forma rápida e construtiva. E já alertamos que a única parte que tentará sabotar tudo não seremos nós", afirmou Zelensky.
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O presidente ucraniano admitiu nesta sexta-feira que seu Exército está em uma situação "muito difícil" em Kusrk, território russo ocupado em contra-ofensiva iniciada em agosto de 2024. Mapas de código aberto consultados pela agência de notícias Reuters mostraram que os soldados ucranianos em Kursk estão quase cercados pelas forças russas.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também disse que as tropas ucranianas estão "completamente cercadas" por militares russos e pediu para Putin que "vidas sejam poupadas".
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Trump espera acabar com a guerra na Ucrânia, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já declarou estar 'pronto' para conversar com o americano. A foto mostra os dois em 2018.
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Shealah Craighead/Casa Branca
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"Neste exato momento, milhares de tropas ucranianas estão completamente cercadas pelos militares russos, e em uma posição muito ruim e vulnerável. Eu pedi fortemente ao presidente Putin que suas vidas sejam poupadas. Este seria um massacre horrível, não visto desde a Segunda Guerra Mundial. Deus abençoe a todos", escreveu.
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Trump ainda falou sobre a conversa entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin e seu enviado especial, Steve Witkoff, nesta quinta-feira (13):
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"Tivemos discussões muito boas e produtivas com o presidente Vladimir Putin da Rússia ontem, e há uma grande chance de que essa guerra horrível e sangrenta possa finalmente chegar ao fim".
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Pouco depois do post do presidente americano, o Exército ucraniano deu uma declaração dizendo que as informações sobre o cerco são falsas e que as tropas foram recuadas para uma posição "mais favorável".
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Os dados retratavam que a situação das tropas havia piorado drasticamente nos últimos três dias, depois que Washington suspendeu o compartilhamento de Inteligência com o governo ucraniano e já se especulava uma possível retirada.
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A guerra entre a Rússia e a Ucrânia completou três anos no dia 24 de fevereiro. Em agosto do ano passado, uma contraofensiva ucraniana tomou algumas cidades de Kursk, região russa na fronteira entre os dois países.
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As negociações para um cessar-fogo
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Trump ameaça com sanções "devastadoras" se Rússia não aceitar cessar-fogo com a Ucrânia
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Nesta quinta, em coletiva com jornalistas, Vladimir Putin, afirmou que concorda com a ideia de um cessar-fogo de 30 dias na guerra contra a Ucrânia, mas que ainda precisa acertar detalhes com os Estados Unidos, autor da proposta.
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"Concordamos com as propostas para cessar as hostilidades, mas partimos do fato de que essa interrupção [dos combates] deve ser de forma a levar a uma paz de longo prazo e elimine as causas originais desta crise", disse Putin a repórteres.
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Putin, que na quarta-feira visitou a região de Kursk para exigir mais rapidez das tropas russas para retomar o território dos ucranianos, falou que não discorda da proposta americana, mas fez uma série de questionamentos e disse que um acordo com a Ucrânia "deve levar a uma paz duradoura".
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"A ideia do cessar-fogo em si é correta e nós certamente a apoiamos, mas há questões que precisamos discutir. Por que eles precisam de 30 dias? Para a mobilização ou fornecimento de armas para a Ucrânia? Não está claro como a situação vai se desenvolver em Kursk e outros lugares. Quem irá controlar o cessar-fogo? São 2 mil quilômetros de frente de batalha", perguntou o presidente russo.
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No mesmo dia, Trump afirmou que a declaração de Putin foi promissora, mas incompleta, e que está discutindo com a Ucrânia a concessão de territórios para Moscou e que a proposta está na mesa de Putin: "Agora vamos ver se a Rússia estará lá e, se não estiver, será um momento muito decepcionante para o mundo".
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"Estamos discutindo com a Ucrânia territórios que serão mantidos e perdidos, e todos os outros elementos de um acordo de cessar-fogo. Tem uma usina de energia envolvida, uma usina muito grande, então que é que vai ficar com a usina, com isso, com aquilo, não é um processo fácil", disse o presidente dos EUA.
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Nesta sexta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que as condições da Rússia para o cessar-fogo apenas "complicam e prolongam o processo".
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"A Rússia é a única parte que quer que a guerra continue e que a diplomacia fracasse", disse ele na rede social X, após uma ligação com o Secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin.
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Ameaças de novas sanções
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Na quarta-feira (12), o presidente dos EUA afirmou que poderia pressionar Putin a aceitar a proposta. Ele evitou detalhar o que faria em caso de uma negativa, disse apenas: "Posso fazer coisas financeiramente, e isso seria muito ruim para a Rússia. Não quero fazer isso porque quero obter paz".
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Nesta sexta-feira (14), em uma declaração conjunta, os países do G7 - Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos - ameaçaram o governo russo com novas sanções caso as negociações não avancem.
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Os países da União Europeia também aprovaram a renovação por um semestre das sanções contra 2.400 indivíduos e entidades da Rússia devido à guerra contra a Ucrânia, disseram fontes diplomáticas à agência AFP.
Fonte: G1.