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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Lula, em montagem feita pelo g1Carlos Barria/Reuters e TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDOIntegrantes da diplomacia brasileira avaliam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz movimentos como se estivesse se candidatando a ser uma espécie de "imperador do mundo". A última investida imperial de Trump, a de que vai ocupar a Faixa de Gaza, foi vista como mais uma bravata, mas que gera uma grande instabilidade mundial.Não por outro motivo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom contra Trump em entrevista a rádios de Minas Gerais na manhã desta quarta-feira (5), classificando a ameaça de ocupação de Gaza como inaceitável e mais uma de suas bravatas. Lula critica plano de Trump de assumir a Faixa de GazaLula deixou claro ainda que, se Trump elevar tarifas de importação de produtos brasileiros, o Brasil vai reagir e também irá aplicar sobretaxas a produtos americanos.Até então, a orientação no governo Lula era a de evitar cair nas provocações de Donald Trump, mas o presidente dos Estados Unidos está se enveredando por uma trilha "perigosa" para o mundo. E, portanto, avaliam diplomatas, precisava receber uma resposta, mesmo não tendo tomado nenhuma medida concreta em relação ao Brasil.O Itamaraty, porém, seguirá sua postura de manter canais abertos, sabendo que Trump faz ameaças para depois abrir negociações. Os acordos fechados pelos EUA com México e Canadá mostraram isso. A dúvida, no momento, é sobre como ficará a relação entre os Estados Unidos e a China.