Polícia de Las Vegas diz que não prenderá ninguém apenas por ser imigrante ilegal

Corporação afirmou que não participará de esforços para fiscalizar violação de leis migratórias. Medida contrasta com novas políticas adotadas por Donald Trump. Policial faz patrulhamento em Las Vegas, no estado de Nevada

Polícia de Las Vegas

A Polícia de Las Vegas emitiu um comunicado nesta terça-feira (21) declarando que não realizará prisões de pessoas apenas pelo fato de serem imigrantes ilegais. O anúncio foi feito no contexto das novas políticas imigratórias implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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Nos dois primeiros dias de governo, Trump decretou uma série de medidas para restringir a entrada de imigrantes no país. Ele também relaxou políticas que limitavam a detenção de estrangeiros vivendo nos Estados Unidos de forma irregular.

No comunicado, a Polícia de Las Vegas ressaltou que não participará de esforços para fiscalizar violações de leis migratórias, mesmo tendo autoridade para isso.

"Os policiais não irão parar, questionar, deter, prender ou aplicar uma retenção de imigração em nenhum indivíduo sob a justificativa de que são imigrantes sem documentação", afirmou.

A polícia destacou que continuará colaborando com autoridades federais para combater o crime organizado e o terrorismo internacional. No entanto, denúncias relacionadas à imigração ilegal serão redirecionadas para o Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos.

Além disso, o órgão afirmou que seguirá prendendo estrangeiros envolvidos em crimes violentos. Nessas situações, as autoridades federais serão notificadas. No entanto, a corporação deixou claro que não realizará ações de fiscalização cujo único objetivo seja identificar pessoas vivendo sem autorização no país.

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Deportação em massa

Trump promete expulsar milhões de imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos, no que seria a maior operação de deportação da história. Estimativas apontam que 11 milhões de pessoas estão em situação irregular no país.

Nesta terça-feira, o governo republicano ampliou o alcance da deportação expressa, em procedimentos que não precisam de uma audiência judicial.

Durante o governo de Joe Biden, a deportação expressa era aplicada apenas a imigrantes detidos a até 160 km da fronteira, desde que tivessem entrado nos Estados Unidos por via terrestre. Além disso, a medida só se aplicava a imigrantes que estivessem no país há menos de 14 dias.

Para os imigrantes que chegaram ao país por via marítima, a deportação acelerada se aplicava a qualquer ilegal detido em todo o território nacional, mas com a condição de que não pudesse comprovar residência contínua de pelo menos dois anos nos Estados Unidos.

Agora, Trump expandiu a medida para todo o território nacional, independentemente de como o imigrante tenha entrado no país e sem a limitação de 14 dias de presença. Segundo a normativa, a medida está em conformidade com os limites estabelecidos pelo Congresso Nacional.

Ainda nesta terça-feira, o Departamento de Segurança Interna dos EUA passou a permitir a prisão de imigrantes em áreas consideradas protegidas, como hospitais, igrejas e escolas.

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