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Ministério Público denuncia Emerson Panta e mais sete acusados de fraude em licitação e falsificação de documentos

A denĂșncia foi oferecida contra advogados, ex-auxiliares da Prefeitura de Santa Rita e membros da Comissão de Licitação, com envolvimento no esquema entre novembro de 2018 e abril de 2020.

Por Jr Blitz 31/08/2021 às 21:48:24

O Ministério Público da Paraíba denunciou o prefeito de Santa Rita, Emerson Panta, e mais sete pessoas. Eles são acusados de fraude em licitação na contratação de escritório de advocacia e falsificação de documentos, conforme apurou o ClickPB. Consta no relatório que houve favorecimento e que foram feitos pagamentos ilícitos por serviços não prestados.

A denúncia é oferecida contra advogados, ex-auxiliares da Prefeitura de Santa Rita e membros da Comissão de Licitação, com envolvimento no esquema entre novembro de 2018 e abril de 2020. "As condutas dos denunciados, após fraudarem a Inexigibilidade nÂș 06/2018 a fim de escolher o escritório S. CHAVES ADVOCACIA E CONSULTORIA, culminaram com o desvio de recursos públicos no montante igual a R$ 2.123.679,44 (dois milhões, cento e vinte e trĂȘs mil, seiscentos e setenta e nove reais e quarenta e quatro centavos)61, sob a "farsa" de pagamento de honorĂĄrios contratuais", diz um trecho da denúncia.

Consta ainda no relatório do MPPB que "todos os pagamentos efetuados em favor da S. CHAVES ADVOCACIA (dezesseis vezes) foram ilícitos, porquanto, para além da nulidade do Contrato nÂș 101/2018 provocada dolosamente pelos denunciados, circunstância que, de per si, jĂĄ determina o ressarcimento desses valores62, a empresa não prestou serviços jurídicos ao Município de Santa Rita/Pb que ensejaram o incremento no repasse dos royalties, constituindo-se a última etapa de uma cadeia de atos concatenados para os denunciados SÓCRATES CHAVES e ONALDO ROCHA FILHO enriquecerem ilicitamente às custas do erĂĄrio de Santa Rita/Pb, incluindo, anteriormente, a fraude no procedimento de inexigibilidade de licitação."

O desembargador Ricardo Vital de Almeida recebeu, nesta terça-feira (31), a função de relator do caso que tramita no Tribunal de Justiça da Paraíba.

O Ministério Público pede a devolução de R$ 2,1 milhões aos cofres públicos, que teriam sido desviados através da "farsa de pagamento de honorĂĄrios contratuais", segundo a denúncia. "O Ministério Público da Paraíba, nos termos do artigo 387, IV, do CPP, requer a condenação dos denunciados, solidariamente, a ressarcir integralmente o dano ao erĂĄrio no valor, mínimo, de R$ 2.123.679,44 (dois milhões, cento e vinte e trĂȘs mil, seiscentos e setenta e nove reais e quarenta e quatro centavos), bem como a perda dos respectivos cargos, funções ou mandatos, como efeito secundĂĄrio da condenação, previsto no art. 92, inciso I, do Código Penal."

A denúncia foi assinada em 27 de agosto pelo então Procurador-Geral de Justiça, Francisco SerĂĄphico da Nóbrega Filho, pelo 1Âș Subprocurador-Geral de Justiça, Alcides Orlando de Moura Jansen e pelo Promotor de Justiça, Eduardo de Freitas Torres.

Fonte: ClickPB/BlitzParaiba

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