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Alckmin e Lira lamentam posse de Maduro na Venezuela; Brasil enviou embaixadora à cerimônia

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Por Jr Blitz 10/01/2025 às 18:03:59
Governo Lula não reconheceu vitória de Maduro e tem, como posição internacional, o pedido por mais transparência, com a divulgação das atas da votação pelo órgão eleitoral local. Maduro toma posse para 3º mandato

REUTERS/Leonardo Fernandez Vilor

O vice-presidente Geraldo Alckmin classificou como "lamentável" a posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela nesta sexta-feira (10). Alckmin destacou, no entanto, que o governo Lula não reconheceu o resultado das eleições.

"Lamentável, mas o Brasil não reconheceu as eleições. A democracia é civilizatória e precisa ser fortalecida, as ditaduras suprimem a liberdade", disse Alckmin a jornalistas no Palácio do Planalto.

Apesar da crítica do vice-presidente, o Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, à cerimônia de posse de Maduro para seu terceiro mandato como presidente venezuelano, em Caracas.

Maduro toma posse na Venezuela para terceiro mandato após eleição contestada

A cerimônia ocorreu na Assembleia Nacional, e Maduro prestou juramento à Constituição homenageando o ex-presidente Hugo Chávez, que morreu em 2013.

O atual líder do regime não apresentou provas de que venceu o pleito, mas criticou opositores. "Ninguém impõe um presidente à Venezuela", disse, no discurso.

Em uma rede social, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também criticou a posse de Maduro, a terceira dele como presidente da Venezuela.

Para Lira, o processo eleitoral venezuelano não foi limpo e não houve respeito ao voto popular. Ele defendeu sanções ao país vizinho.

"A posse de Nicolás Maduro afronta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada, com medidas políticas e econômicas, para que ditaduras não se sintam legitimadas", afirmou Lira.

Regime de Maduro não é democrático, diz Gilmar

Ao comentar situação na Venezuela, Gilmar disse que não é 'democrático' um governo que utiliza aparato militar para prender e perseguir opositores

Gustavo Moreno/SCO/STF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, também comentou a situação da Venezuela nesta sexta-feira. Em uma rede social, ele classificou como "preocupantes" as notícias que chegam do país vizinho.

O magistrado disse ainda que não é "democrático" um governo que utiliza aparato militar para prender e perseguir opositores.

"É fundamental que haja, em toda a América do Sul, um compromisso com a restauração e a manutenção da democracia. A todos nós, democratas, cabe repudiar quaisquer práticas autoritárias que remetam ao sombrio legado dos governos totalitários do século XX", declarou.

Fronteira fechada

Militares venezuelanos bloqueiam fronteira com o Brasil no dia da posse de Maduro

O governo da Venezuela fechou a fronteira com o Brasil, nesta sexta, informou a Polícia Militar de Roraima. A fronteira entre os dois países fica na cidade de Pacaraima, no norte do estado brasileiro.

Em nota enviada ao g1, a Polícia Militar do estado informou que "as movimentações na cidade de Pacaraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela, seguem dentro da normalidade, com registro de leve redução no fluxo migratório de entrada no Brasil, mas sem alterações significativas".

"Também é importante ressaltar que, historicamente, em situações similares, a Venezuela impõe restrições à passagem em seu território pela fronteira em Pacaraima".

Ministro de Lula critica Maduro

Após a fala de Alckmin, o ministro da Infraestrutura, Renan Filho (MDB-AL), também criticou a continuidade de Maduro à frente do governo venezuelano.

"Manifesto minha indignação à posse de Nicolás Maduro. A tomada do governo pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada por todos nós defensores da Democracia", afirmou o ministro em uma rede social.

"Como membro do MDB, partido que historicamente sempre defendeu o respeito às liberdades individuais, à justiça e o voto popular, deixo aqui o meu repúdio ao truculento regime que se impõe mais uma vez hoje com a tentativa de posse desse ditador incansável em desrespeitar a soberana vontade do povo venezuelano", escreveu Renan Filho.

Fonte: G1

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