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Número confirmado na cidade neste ano é 3.250% superior ao registrado em igual período de 2023. Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue, em CampinasRogério Capela/Prefeitura de CampinasO Departamento de Vigilância Epidemiológica, da Secretaria de Saúde de São Pedro (SP), adverte: o último trimestre de 2024 ainda nem acabou e São Pedro já totaliza 134 casos de dengue, um número 3.250% superior ao registrado em igual período de 2023, quando foram totalizadas quatro ocorrências.???? Receba no WhatsApp notícias da região de PiracicabaEm função da crise climática, das ondas de calor e do alto volume de chuvas, neste ano foram 6,6 milhões de casos prováveis e 5.915 mortes pela doença no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, um número de óbitos cinco vezes maior do que o registrado em 2023. Em São Pedro, nenhum óbito foi registrado em 2024 até o momento.De acordo com a gerente da Vigilância Epidemiológica de São Pedro, Gislene Nicolau, os bairros com maior registro de notificações são:DorotheaJardim Nova EstânciaMariluz, São FranciscoJardim BotânicoSão Dimas"Em 75% dos casos, os focos estão dentro das residências ou no entorno delas, por isso é tão importante a participação de todos os cidadãos, cada um olhando os vasos de plantas, a caixa d'água destampada, a calha entupida, o pneu, enfim, tudo aquilo com potencial de acúmulo de água parada", alerta ela, destacando, ainda, que as chuvas favorecem a proliferação desses criadouros e as altas temperaturas facilitam a eclosão dos ovos, a reprodução e a aceleração do ciclo de vida do mosquito transmissor. "Se não houver união, não tem saúde. A prevenção, com a participação de toda a coletividade, é a melhor arma contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti e da dengue", acrescenta.Imagem de arquivo mostra nebulização contra a dengue em residênciaEmerson Sanchez/TV FronteiraNebulizaçãoQuando há um bairro ou região com uma maior incidência de casos, a nebulização é um recurso para o combate e controle da doença. Entretanto, o alto índice de recusas por parte dos moradores pode prejudicar o trabalho desenvolvido no combate ao mosquito Aedes aegypti.Segundo o médico veterinário Matheus de Melo Murbach, do Controle de Endemias de São Pedro, de outubro até agora foram visitados 744 imóveis, no entanto somente 40 destes restaram nebulizados, uma vez que os agentes públicos quase sempre são impedidos de entrar na maioria das residências dos bairros onde há casos registrados de infecção. "Entre os motivos alegados estão que a casa está limpa e sem risco, de que não há criadouro de dengue lá ou simplesmente não querem mesmo receber a equipe. Outra situação vivenciada pelos agentes são as casas fechadas ou sem ninguém para atendimento da equipe. Isso dificulta muito nosso trabalho", lamenta. "A recusa coloca em risco toda a vizinhança. As pessoas precisam se conscientizar que, quanto mais gente autorizar o procedimento, mais pessoas serão beneficiadas, porque o mosquito não tem fronteira. Ele pica a pessoa, independentemente do local", completa.Para impedir o avanço da doença, a prefeitura trabalha na prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti por meio de mutirões, campanhas de conscientização, visitas de agentes de saúde e de endemias nas residências para exterminar os criadouros das larvas do mosquito.No entanto, a tendência de alta nos casos de dengue no município, que também é observada em todo o país, levou a prefeitura a adotar medidas como o ingresso forçado de agentes públicos competentes em imóveis que apresentam situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito.O ingresso acontece de posse do termo de ocorrência e relatório circunstanciado e, se necessário, com o auxílio da Guarda Civil Municipal, observando a preservação da integridade do imóvel e das condições de segurança em que foi encontrado.Segundo a legislação municipal, o valor da infração ao dono do imóvel irregular varia de acordo com o risco epidemiológico. O valor recolhido com as multas, a ser feito no prazo de 30 dias, será creditado na conta especial do Fundo Municipal de Saúde.Como saber se você está com dengue e se é graveVÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e regiãoVeja mais notícias da região no g1 Piracicaba