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G1 - Mundo

Com ajuda de rebeldes islâmicos, EUA tentam encontrar jornalista desparecido na Síria há 12 anos

Austin Tice, correspondente da CNN, sumiu no início da guerra da Síria.


Foto: CNN Brasil
Austin Tice, correspondente da CNN, sumiu no início da guerra da Síria. Washington enviou representante ao país após queda de Bashar al-Assad. Rebeldes localizaram cidadão dos EUA nesta quinta, mas TV diz ser outro norte-americano. Os Estados Unidos aproveitaram a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria para tentar procurar um jornalista norte-americano desaparecido há 12 anos.

Austin Tice, correspondente da CNN, sumiu quando fazia uma reportagem em Damasco em 2012, um ano após o início da guerra da Síria. A família suspeita que ele foi preso e estava encarcelado até agora, quando rebeldes invadiram os presídios da capital síria e libertaram centenas de pessoas.

Washington mandou esta semana para Beirute, no Líbano, seu enviado para assuntos de reféns, Roger Carstens, para tentar localizar Tice. E outras autoridades norte-americanas estão na Síria em busca do jornalista, segundo o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

Nesta quinta-feira (12), as esperanças de encontrar o correspondente aumentaram quando rebeldes afirmaram ter encontrado um homem que disse ser dos EUA caminhando descalço em Damasco.

"Esta é uma prioridade máxima para nós: encontrar Austin Tice, localizar a prisão onde ele pode estar detido, tirá-lo de lá e levá-lo para casa em segurança para sua família", disse Sullivan ao programa "Good Morning America" da emissora ABC.

"Estamos conversando com os turcos e outros com as pessoas que estão em campo na Síria para dizer: 'Ajude-nos com isso. Ajude-nos a levar Austin Tice para casa'."

Ex-fuzileiro naval dos EUA e jornalista freelancer, Tice tinha 31 anos quando foi sequestrado em agosto de 2012 enquanto fazia uma reportagem em Damasco sobre a revolta contra o presidente sírio Bashar al-Assad, deposto pelos rebeldes sírios que tomaram a capital Damasco no último domingo. A Síria negou que ele estivesse preso.

Assad fugiu para a Rússia após uma guerra civil de 13 anos e mais de cinco décadas de governo autocrático da sua família.

Os Estados Unidos receberam informações de uma fonte libanesa que disse ter visto Tice vivo e que acreditava que o grupo que o mantinha preso era ligado ao Hezbollah, de acordo com uma ex-autoridade dos EUA com conhecimento das informações.

O presidente norte-americano, Joe Biden, disse no domingo que o governo dos EUA acredita que Tice está vivo. Ele encarregou sua equipe de fazer o que fosse preciso para trazer Tice de volta para casa, de acordo com pessoas familiarizadas com a diretriz.

(Reportagem de Erin Banco e Simon Lewis; reportagem adicional de Doina Chiacu, Trevor Hunnicutt, Humeyra Pamuk, Kanishka Singh e Patricia Zengerle)

G1

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