Espaço deve ser aberto em 2025 e, ao todo, serão mais cinco galerias, espaços multiuso e salas de aula para seminários e oficinas. Comparação entre os prédios do MASP
Reprodução/TV Globo
O Museu de Arte de São Paulo (MASP) ganhou mais um prédio para exposições.
O espaço só deve ser aberto aos visitantes em março do ano que vem, mas a estrutura está pronta. Um trabalho que começou em 2019 e faz parte do projeto MASP em expansão.
"Foi construído dentro dos melhores padrões técnicos do mundo, equivalente aos padrões que você encontra nos grandes museus na Europa e nos Estados Unidos, justamente para permitir um intercâmbio mais fluido de obras", diz Heitor Martins, diretor-presidente do MASP.
A construção custou cerca de R$ 250 milhões. Todo dinheiro veio de doações privadas.
São 14 andares, quase oito mil metros quadrados, ao lado do MASP já conhecido. Ao todo, serão mais cinco galerias de exposição, além de espaços multiuso e salas de aula para seminários e oficinas. O projeto inclui também um laboratório de restauro de trabalhos artísticos.
"A gente vai ter uma série de equipamentos comprados de alta performance, luminárias, lentes de aumento, todos os recursos necessários para um bom trabalho de restauro", explica Miriam Elvin, gerente de projetos e arquitetura do MASP.
O acervo total do MASP reúne cerca de 12 mil obras de arte, mas hoje, para se ter uma ideia, só pouco mais de 1% disso é exposto ao público. O novo edifício ao lado vai aumentar em 66% a capacidade de exposição do museu. O que ignifica mais obras ao nosso alcance e muito mais gente também: o complexo vai ser capaz de receber cerca de 2 milhões de pessoas todo ano.
Cada detalhe da arquitetura foi pensado para integrar os dois prédios. E uma curiosidade: os dois têm o mesmo tamanho. O novo é revestido por uma chapa de alumínio que protege o ambiente do calor e da luz solar.
"O ar-condicionado também trabalha de uma maneira mais eficiente, tem uma certa sustentabilidade envolvida nessa solução e que também é adequada para a exposição de obras de arte", fala Martin Corullon, arquiteto responsável.
Um túnel subterrâneo de 40 metros vai conectar os dois lados e deve ficar pronto no segundo semestre de 2025.
"O MASP original tem um caráter icônico de representar a imagem de São Paulo. Esse edifício novo vem consolidar um pouco essa vocação de eixo cultural para a Avenida Paulista", explica Corullon.