Natacha Horana, de 33 anos, processou município e Justiça decidiu por indenizá-la em R$ 20 mil. Natacha Horana tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram
Divulgação
A influenciadora Natacha Horana, 33 anos, presa em São Paulo na terça-feira (19) suspeita de lavagem de dinheiro e envolvimento com organização criminosa, já havia sido detida em 2020, durante a pandemia de Covid-19, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina.
Ex-bailarina do Domingão do Faustão e atualmente com mais de 1 milhão de seguidores em uma única rede social, ela teria participado, em julho de 2020, de uma festa ilegal durante a vigência de normas para frear o avanço da doença.
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À época, a Guarda Municipal da cidade informou que Natacha foi detida por desacato e por resistir à fiscalização. Conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o termo circunstanciado sobre o caso foi arquivado.
Em 2021, ela ingressou com ação por danos morais contra a prefeitura e, em 12 de novembro deste ano, a Justiça condenou o município catarinense a indenizá-la em R$ 20 mil. Ao g1, a prefeitura informou que não irá comentar o caso.
Quando foi detida, conforme o registro na polícia, Natacha teria intimidado os fiscais e os impedido de, junto com guardas, fazer as filmagens necessárias para a confirmação do descumprimento de ordem municipal de proibição de festas para evitar aglomeração e conter o avanço do coronavírus. O caso aconteceu em um apartamento na cidade.
Reveja reportagem da época: Mulher foi detida por desacato em uma festa irregular em Balneário Camboriú
No processo, a defesa da influenciadora disse que os guardas entraram no apartamento em que ela estava e exigiram entrar ao quarto em que estava descansando e que um fiscal da prefeitura ingressou no quarto, iniciou uma filmagem sem o consentimento dela e que dois guardas a imobilizaram e algemaram, com o uso desproporcional de força e agressividade.
A defesa dela também afirmou que as imagens da ocorrência, especialmente aquelas extraídas de dentro do apartamento teriam sido vazadas pelos agentes públicos e divulgadas indevidamente em jornais e sites de fofocas.
No processo, Natacha pediu indenização por danos morais no valor de R$ 75 mil. A Justiça considerou parcialmente procedente e condenou o município ao pagamento de indenização por danos morais por conta da divulgação indevida de imagens.
O g1 procurou a assessoria de imprensa do escritório que fez a defesa da influenciadora, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
Com relação à prisão de Natacha na última terça em São Paulo, a defesa dela disse, em nota publicada nas redes sociais, que ela foi "injustamente" envolvida em uma investigação "apenas porque anos atrás acabou conhecendo uma das pessoas investigadas".
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O que disse a defesa
"A defesa da modelo e bailarina Natacha Horana Silva esclarece que, de forma abusiva e injustificada, ela acabou sendo injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas.
Conforme se demonstrou no processo, sua menção e prisão foi um equívoco porque ela jamais praticou qualquer ato ilícito, direto, indireto ou colaborativo. E diante disso, e principalmente pela inexistência de indícios de seu envolvimento e motivos para a continuidade dessa medida, aguarda-se o exame de pedidos feitos visando o imediato restabelecimento de sua liberdade e dignidade. São Paulo, 19 de novembro de 2024?.
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