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Rodrigo Pacheco, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e outras autoridades repercutiram a operação da PF contra autores de plano golpista O Ministro da Justiça considera fatos gravíssimos e lamenta possível envolvimento de agente da PFFoi o diretor-geral da PF Andrei Rodrigues quem informou o presidente Lula sobre a operação por volta das 6h30 da manhã desta terça-feira (19). Segundo Andrei, a reação do presidente foi de surpresa e indignação.Ainda de manhã, o senador do PL Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, se manifestou numa rede social."Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido", diz o senador Flávio Bolsonaro (PL-SP).Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes argumentou de maneira oposta."O que a gente diz é que a mera cogitação, a expressão usada em latim cogitatio, ela, em princípio, é não punível. E em se tratando de crimes contra a segurança do Estado ou contra a segurança nacional, a legislação muitas vezes é mais severa em relação a isso, de modo que não se pode banalizar essa expressão dizendo, 'olha, pensar em matar alguém não é crime'. Não se trata de mera cogitatio, nós estamos já num plano de preparação e execução", diz Gilmar Mendes, ministro do STF.O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, abriu a sessão do Conselho Nacional de Justiça com uma declaração:"Amanhecemos hoje com notícias estarrecedoras sobre uma possível tentativa de golpe que ocorreu no Brasil após as últimas eleições presidenciais. As investigações estão em curso e é preciso aguardar a sua evolução. Mas, tudo sugere que estivemos mais próximos do que imaginávamos do inimaginável. O que é possível dizer, neste momento, é que o golpismo, o atentado contra as instituições e contra os agentes públicos que as integram, nada tem a ver com ideologia ou com opções políticas. É apenas a expressão de um sentimento antidemocrático e de desrespeito ao Estado de direito. Nós estamos falando de crimes previstos no Código Penal", diz o presidente do STF Luís Roberto Barroso.Declaração de Pacheco sobre tentativa de golpeReprodução/TV GloboO presidente do Senado Rodrigo Pacheco, do PSD, declarou:"Não há espaço no Brasil para ações que atentam contra o regime democrático, e menos ainda, para quem planeja tirar a vida de quem quer que seja. Que a investigação alcance todos os envolvidos para que sejam julgados sob o rigor da lei". O ministro da Justiça considerou os fatos gravíssimos. Lamentou o possível envolvimento de um agente da Polícia Federal no caso e disse que o grupo chegou muito perto de atingir o objetivo criminoso."Realmente chegaram muito perto. Eu acabo de ler as 200 e poucas páginas da representação da Polícia Federal e, em vários momentos, chegaram muito próximos, rondaram o apartamento funcional do ministro Alexandre Moraes. Certamente não tiveram a oportunidade de praticar esse pavoroso desígnio, enfim, criminoso, que eles estavam urdindo", fala Ricardo Lewandowski. O presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin não se pronunciaram. O ex-presidente Jair Bolsonaro não respondeu ao Jornal Nacional. A defesa do ex-ministro Braga Netto não quis se manifestar. Nós não conseguimos contato com os advogados dos suspeitos presos.Militares queriam assassinar Lula, Alckmin e Moraes e monitoraram passos de autoridades, diz PF; veja detalhes da investigação'Punhal Verde e Amarelo': veja a linha do tempo do plano golpistaEm plano golpista, Lula era chamado de "Jeca" e Alckmin de "Joca"