Chanceler do país, Israel Katz, vai substituir antigo ministro no cargo. Primeiro-ministro do país afirmou haver desentendimentos sobre a gestão das guerras de Israel. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, fala com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, durante sessão do Parlamento em 24 de julho de 2023.
Amir Cohen/REUTERS
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, demitiu o ministro da Defesa, Yoav Gallant, nesta terça-feira (5).
Netanyahu afirmou que "houve muitas lacunas entre ele e Gallant sobre a gestão das guerras de Israel".
O primeiro-ministro ainda disse que uma crise de confiança se desenvolveu entre ele e o até então ministro da Defesa, o que não permitiu a "gestão normal da guerra".
Gallant se manifestou nas redes sociais após a demissão.
"A segurança do Estado de Israel foi e sempre será a missão da minha vida", afirmou em publicação no X.
Israel Katz, atual chanceler do país, foi nomeado para substituir Gallant no cargo. Gideon Saar deve assumir como ministro das Relações Exteriores.
Ataques ao Irã
No final de outubro, Israel lançou ataques aéreos contra o Irã. Várias explosões foram ouvidas na capital, Teerã. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conduziram um "ataque preciso" contra alvos militares e deram a missão por concluída. A imprensa local informou que o governo iraniano irá responder de forma "proporcional".
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Em um comunicado, Israel afirmou que está sendo atacado pelo Irã desde 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense. Naquele dia, centenas de pessoas foram mortas e mais de 200 foram sequestradas. O Hamas e o Irã são aliados.
Além disso, no dia 1º de outubro deste ano, o Irã lançou cerca de 200 mísseis contra Israel. O ataque foi uma retaliação a mortes de aliados do governo iraniano, como Hassan Nasrallah, que era chefe do grupo extremista Hezbollah. Relembre a ação mais abaixo.
Ao anunciar que estava atacando o Irã nesta sexta-feira, Israel disse que estava exercendo o direito de se defender.
"Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas", afirmaram os militares israelenses.
"Faremos o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel."
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Irã promete resposta
Explosões no Irã
Reuters
A agência semi-estatal iraniana Tasnim afirmou que o Irã está preparado para responder a "agressão israelense", segundo fontes do governo.
"Não há dúvida de que Israel enfrentará uma reação proporcional a qualquer ação que tomar", informaram as fontes.
A mídia estatal iraniana afirmou que as autoridades de inteligência do país estão investigando o ataque. Segundo a imprensa local, as explosões ouvidas podem ser resultado da atuação do sistema de defesa.
Vingança de Israel
Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aparece reunido com militares enquanto Israel ataca o Irã, em 26 de outubro de 2024
Governo de Israel
Desde o início de outubro, Israel vinha prometendo um contra-ataque contra o Irã. Os Estados Unidos disseram que estavam trabalhando junto com o governo israelense para uma resposta ao ataque iraniano.
O presidente Joe Biden recomendou que Israel evitasse instalações petroleiras. Além disso, as autoridades norte-americanas desaconselharam bombardeios em ativos nucleares do Irã.
A imprensa dos Estados Unidos informou que uma resposta de Israel contra Irã aconteceria antes das eleições norte-americanas, que estão marcadas para 5 de novembro.
A Casa Branca disse que foi avisada sobre a ação israelense pouco antes de ela ser lançada.
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Israel detalha ataque contra o Irã
O ataque do Irã
No dia 1º de outubro, mísseis lançados pelo Irã cruzaram os céus de cidades israelenses importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel.
Uma operação do tipo contra o território israelense era aguardada desde o fim de julho, quando Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, foi assassinado em Teerã.
O Irã responsabilizou Israel pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
No fim de setembro, o Irã voltou a prometer uma resposta a Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
Após o ataque iraniano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um "grande erro" e afirmou que o Irã irá "pagar" pelo ataque.
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade durante o ataque iraniano e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
O governo do Irã garantiu que qualquer contra-ataque de Israel resultaria em uma resposta "subsequente e esmagadora", além de uma "grande destruição" para infraestruturas israelenses. Além disso, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido.
Irã voltou a atacar Israel pela segunda vez este ano. Foto mostra mísseis sendo interceptados no céu da cidade de Ashkelon, em Israel.
Reuters via BBC
Histórico em abril
Irã atacou diretamente Israel pela primeira vez em abril deste ano. À época, o país lançou mísseis e drones contra o território israelense em resposta a um bombardeio que atingiu a embaixada do Irã em Damasco, na Síria.
Dias depois, como resposta, bombardeios atingiram uma região do Irã com instalações nucleares. Embora Israel não tenha assumido a autoria, autoridades americanas confirmaram que a ação era uma resposta israelense.
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