Corporação avalia que Tribunal do Juri demonstrou direcionamento para embaraçar o caso na Polícia Civil do Rio de Janeiro. Julgamento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz no Caso Marielle, na quarta-feira (30), no Rio de Janeiro.
Ricardo Moraes/Reuters
A cúpula da Polícia Federal acompanhou com especial atenção os julgamentos de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, os executores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, ontem (31).
A corporação viu na condenação dos dois assassinos confessos --e na descrição do planejamento e execução do crime-- a comprovação da linha de investigação que seguiu e que levou à elucidação do caso e do apontamento de seus supostos mandantes, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, ainda não julgados.
Dirigentes da PF apontam que o desfecho do julgamento de Élcio e Lessa mostra que a "investigação da Polícia Civil [do Rio] estava tentando direcionar o caso, tirando o foco dos verdadeiros responsáveis".
Para a cúpula do órgão, a PF não só conseguiu comprovar que as constantes mudanças nos rumos do caso eram propositais, como também, com investigação, "provou falhas na investigação".
Élcio e Lessa confessaram o crime e se tornaram delatores. Eles apontaram os irmãos Brazão como mandantes. Eles negam. O caso dos Brazão tramita no Supremo Tribunal Federal.