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Segundo o jornal britânico, a poucos dias da eleição, os eleitores americanos que minimizarem o risco que o republicano representa em diversas áreas são 'perigosamente complacentes'. Trump discursa durante comício em Atlanta, na Georgia, em 28 de outubro de 2024Reuters/Brendan McDermidA volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos traria riscos "inaceitáveis", afirmou o jornal britânico "The Economist". O veículo também anunciou apoiar a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris na eleição.? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsAppO jornal disse que, a poucos dias da eleição, marcada para 5 de novembro, enxerga o argumento de que "Trump fez mais bem que mal" durante seu primeiro mandato como "perigosamente complacente". Segundo o The Economist, Trump representa riscos a diversas áreas, como a Economia dos EUA, ao Estado de direito e a paz internacional."Os Estados Unidos podem, sim, passar mais quatro anos com Trump, como passaram por outras presidências de homens falhos de ambos os partidos. O país pode até prosperar. Mas eleitores que afirmam ser pragmáticos estão ignorando o risco extremo de uma presidência de Trump. Ao fazer de Trump o líder do mundo livre, os americanos estariam apostando com a economia, o Estado de direito e a paz internacional. Não podemos quantificar a probabilidade de algo dar muito errado: ninguém pode. Mas acreditamos que os eleitores que minimizam esse risco estão se iludindo", afirmou o editorial.Trump afirmou na quarta (30) que as eleições estão sendo alvo de "fraudes" em "em uma escala nunca vista" e insinuou mais uma vez que pode se recusar a reconhecer uma possível derrota. Tal atitude do republicano causa preocupação, porque quando ele não reconheceu sua derrota para Joe Biden no pleito de 2020, seus apoiadores invadiram o Capitólio.Especialistas também alertam que Trump representa uma ameaça à paz internacional, porque desde o início da campanha Trump diz que as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza não teriam acontecido se ele fosse presidente, e fez declarações inflamatórias sobre rivais dos EUA, como o Irã, a Coreia do Norte e a China.Kamala Harris tem dito diversas vezes que Trump representa uma ameaça à democracia caso ele volte à presidência, e relembrou a invasão ao Capitólio durante comício nesta semana no Ellipse, de onde o republicano inflamou seus apoiadores no mesmo dia, e chamou Trump de "o candidato do caos e da divisão".Na reta final das eleições, diversos jornais influentes estão declarando apoio à Kamala Harris ou a Donald Trump. O "The New York Times" declarou apoio à democrata em editorial publicado no final de setembro. No caso do "The Washington Post", seu dono Jeff Bezos impôs que o veículo não apoiaria nem um nem outro.LEIA TAMBÉM:'Se Trump vencer, ele fará dos EUA um perdedor global ao derrubar a ordem internacional que existe'SANDRA COHEN: Por que Kamala mantém Biden de fora de sua campanha?Apuração que leva dias, voto não obrigatório e cédula em papel: veja as diferenças entre as eleições nos EUA e no BrasilEsta reportagem está em atualização.