Padre Egídio de Carvalho é acusado de liderar um esquema criminoso que envolve desvio milionário de recursos de instituições religiosas e sociais. Ele estava preso na Penitência Especial do Valentina Figueiredo, em João Pessoa, mas em abril teve a prisão convertida em domiciliar. Padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé
TV Cabo Branco/Reprodução
O padre Egídio de Carvalho, acusado de liderar um esquema criminoso que envolve desvio milionário de recursos de instituições religiosas e sociais, se tornou réu em nova denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
Segundo o Gaeco, Egídio teria escondido o fato de ser o real proprietário de um imóvel avaliado em quase R$ 500 mil no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa, que possui um dos metros quadrados mais caros da capital. Ele teria comprado o imóvel e transferido a propriedade para uma criança de 2 anos que mora em São Paulo.
A denúncia foi atendida nesta sexta-feira (25), pelo juiz José Guedes Cavalcante Neto, da 4ª Vara Criminal da Capital. Neste novo processo, o padre Egídio é acusado de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores, além de formação de organização criminosa.
LEIA MAIS:
Hospital Padre Zé pede indenização de R$ 1 milhão em ação de danos morais contra padre Egídio
Gaeco do MPPB pede retorno de Padre Egídio de Carvalho à prisão
Além da denúncia, o Ministério Público também pediu que a Justiça sequestre o bem e o converta para o tesouro estadual, além a determinação que Egídio pague R$ 480 mil em reparação de danos materiais e R$ 1 milhão a título de danos morais coletivos.
O caso é um desdobramento da Operação Indignus, que investiga o desvio de recursos milionários no período em que administrou o Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
"A peça acusatória atende aos requisitos formais do art. 41 do Código de Processo Penal, por estar alicerçada em fonte de informação básica do(s) delito(s) e oferecendo indícios de autoria, não havendo motivo que autorize a sua rejeição, como a inépcia ou falta de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal", destacou o juiz.
Padre Egídio está sem advogado. O escritório de José Rawlison, anteriormente responsável pela defesa do religioso, apresentou renúncia. O juiz José Guedes Cavalcante determinou a designação de uma defensora pública até a definição de uma novo advogado para ele.
Vídeos mais assistidos do g1 da Paraíba