G1
Ministério de Relações Exteriores dos Emirados Árabes afirma que país aceitou Ashraf Ghani por motivos humanitários. Ghani deixou o país quando o Talibã cercou Cabul. Ele afirmou que, se permanecesse no país, 'compatriotas iriam se martirizar, e Cabul seria destruída'. O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, durante discurso na conferência de 2021 da Ásia Central e Sul em Tashkent, no Uzbequistão, em 16 de julho de 2021APAshraf Ghani, o presidente que fugiu do Afeganistão quando o Talibã cercou a capital Cabul, está nos Emirados Árabes, de acordo com um comunicado desta quarta-feira (18) do Ministério de Relações Exteriores emiradense.Os Emirados Árabes afirmaram no comunicado que Ghani e sua família foram recebidos no país por motivos humanitários.Talibã ocupa Cabul e presidente do Afeganistão foge do paísGhani deixou o Afeganistão no domingo (15). O Talibã tomou controle do palácio presidencial após a fuga dele. Com a conquista de Cabul, os talibãs voltaram ao poder 20 anos depois serem expulsos da capital pelos Estados Unidos, que invadiram o país dias após os ataques de 11 de setembro de 2001.VEJA TAMBÉMEntenda que é o Talibã, grupo extremista que voltou ao poder no AfeganistãoVice-presidente afegão diz que é o presidente interino do paísSANDRA COHEN: Como o Talibã quadruplicou sua arrecadação em 5 anosVÍDEO: Abdul Ghani Baradar, líder do Talibã, desembarca do avião ao chegar no AfeganistãoNo dia em que fugiu de seu país, Ghani publicou, em uma rede social, que se tivesse permanecido no Afeganistão "incontáveis compatriotas teriam sido martirizados, e Cabul iria ser destruída".Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, fez críticas veladas a Ghani. Em um discurso na segunda-feira, Biden defendeu a saída dos militares americanos e afirmou que as forças oficiais afegãs não reagiram diante da ofensiva Talibã. "Os EUA não podem participar e morrer em uma guerra em que nem o próprio Afeganistão está disposto a lutar", disse Biden.As 7 imagens mais marcantes da tomada do Afeganistão pelo TalibãVice-presidente diz que tem legitimidadeO primeiro vice-presidente do Afeganistão, Amrullah Saleh, afirmou na terça-feira (17) que permanece no país e é o "legítimo presidente interino".O paradeiro de Saleh é desconhecido. O político afirmou que "em hipótese alguma se curvaria" aos "terroristas do Talibã" e que "não perdemos o ânimo e vemos enormes oportunidades pela frente". "Advertências inúteis acabaram. Junte-se à resistência".Veja os vídeos mais assistidos do G1