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Em áudio, opositor venezuelano Edmundo González afirma: 'Continuaremos na luta'

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A mensagem foi divulgada após o ex-diplomata desembarcar na Espanha, onde recebeu asilo político. Ele teve a prisão decretada pelo governo de Nicolás Maduro por ignorar intimações para prestar depoimentos. Após chegar à Espanha, Edmundo Gonzáles divulga mensagem em áudio

Edmundo González Urrutia, ex-candidato da oposição e principal rival de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais da Venezuela, declarou em um áudio que seguirá 'na luta' após a sua chegada na Espanha neste domingo (8).

A aeronave da Força Aérea espanhola pousou com Gonzáles na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri. O ex-diplomata recebeu asilo político do país europeu, após ter tido a prisão decretada, pelo Ministério Público venezuelano.

Em um áudio divulgado por sua assessoria de imprensa, González afirma continuar a "luta para alcançar a liberdade e a recuperação da democracia na Venezuela".

O grupo opositor, que reivindica a sua vitória nas eleições, publicou cerca de 80% das atas eleitorais em um site, o que comprovaria a vitória de González. A ONU apontou que os documentos são verdadeiros. Por outro lado, o Ministério Público disse que as atas são falsas e decretou a prisão de González.

Edmundo Gonzalez, opositor de Maduro na Venezuela, em 31 de maio de 2024

Gabriela Oraa / AFP

Leia a transcrição do áudio na íntegra:

"Estimados amigos, antes de tudo, recebam um cordial e afetuoso cumprimento, junto com minhas palavras de agradecimento pelas expressões de solidariedade recebidas de muitos de vocês. Queria informar que hoje, pela manhã, cheguei a Madri. Minha saída de Caracas foi cercada de episódios de pressões, coações e ameaças de não permitirem minha partida. Confio que em breve continuaremos a luta pela liberdade e pela recuperação da democracia na Venezuela. Um forte abraço a todos".

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Segundo o site de notícias Bloomberg, González passou mais de um mês refugiado na Embaixada da Holanda em Caracas, após as eleições de 28 de julho, antes de se dirigir à representação diplomática espanhola.

Aliada de Gonzáles, María Corina Machado justificou o asilo político de González dizendo que, na Venezuela, "sua vida corria perigo, e as crescentes ameaças, citações judiciais, ordens de apreensão e até as tentativas de chantagem e do coação de que ele foi objeto demonstram que o regima [chavista] não tem escrúpulos nem limites em sua obsessão de silenciá-lo".

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