O governo venezuelano cercou os asilados e cortou a energia elétrica na embaixada na última sexta-feira (6). Na sequência, revogou a autorização para o Brasil cuidar do local. Membros da oposição, junto à embaixada da Argentina, agradecem aos apoiantes que protestam contra os resultados oficiais das eleições que declararam a reeleição do Presidente Nicolas Maduro em Caracas, Venezuela, segunda-feira, 29 de julho de 2024.
AP Photo/Matías Delacroix
A Venezuela revogou no sábado (7) a autorização para o Brasil proteger a Embaixada da Argentina em Caracas, onde estão abrigados seis opositores procurados pelo regime de Nicolás Maduro.
O Brasil assumiu a responsabilidade pelo local em 1º de agosto, dois dias depois de o governo venezuelano expulsar os diplomatas argentinos e de outros 6 países por não reconhecerem a vitória que Maduro diz ter obtido na eleição de julho.
Os opositores estão abrigados na embaixada desde o final de março, quando a Venezuela emitiu uma ordem de prisão contra eles, acusando-os de tentar desestabilizar o país
Todos faziam parte da equipe de María Corina Machado, principal líder de oposição no país, impedida de concorrer na eleição de julho. Veja, abaixo, mais detalhes sobre cada um.
Magalli Meda, chefe de campanha de María Corina Machado
Magalli Meda, gestora de campanha para a eleição presidencial de María Corina Machado
Divulgação/Vene Venezuela
Magalli foi chefe de campanha de María Corina Machado e gerente de planejamento estratégico do partido Vente Venezuela desde 2010. Ela também foi responsável por coordenar os projetos de comunicação da aliança de oposição a Maduro, Soy Venezuela, entre 2017 e 2018. A professora de design digital também se apresenta como diretora criativa e especialista em comunicação visual.
Pedro Urruchurtu, coordenador internacional do partido Vente Venezuela
Pedro Urruchurtu Noselli, coordenador internacional da líder da oposição María Corina Machado
Reprodução/Instagram
Urruchurtu foi coordenador de assuntos internacionais de María Corina Machado e também do candidato Edmundo Gonzalez Urrutia, que substituiu a líder na opositora na disputa eleitoral. Integrou a formação dos quadros do Vente Venezuela, partido fundado por María Corina, do qual foi coordenador nacional entre 2016 e 2021.
Em 2023, quando a Venezuela anunciou que iria anexar Essequibo, um território da Guiana rico em petróleo, Urruchurtu foi acusado pelo regime Maduro de ter sido financiado pela petrolífera americana ExxonMobil, que atua na região.
Omar González, ex-deputado e membro da direção nacional do Vente Venezuela
O ex-deputado venezuelano Omar González
Divulgação/Vente Venezuela
González foi deputado na Assembleia Nacional da Venezuela eleito pela mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão que reúne cerca de 20 partidos políticos opositores ao governo de Maduro. Nas redes sociais, ele se apresenta como membro da Direção Nacional de Vente Venezuela, jornalista, professor e escritor.
Humberto Villalobos, perito eleitoral
O perito eleitoral venezuelano Humberto Villalobos
Divulgação/Vente Venezuela
Villalobos foi coordenador eleitoral da Vente Venezuela e diretor da ONG especializada em fiscalização eleitoral ESDATA.
Claudia Macero, coordenadora de comunicação do Vente Venezuela
Claudia Macero, coordenadora de comunicação do partido Vente Venezuela
Divulgação/Vente Venezuela
A jornalista e cantora Claudia Macero foi coordenadora de comunicação da campanha de María Corina Machado, editora-chefe do jornal El Nuevo País e locutora da Radio Caracas.
Fernando Martínez Mottola, ex-ministro dos Transportes
Fernando Martínez Mottola, ex-ministro dos Transportes na Venezuela
Reprodução
Engenheiro elétrico e especialista em telecomunicações, Mottola foi assessor de María Corina Machado e ministro dos Transportes e Comunicações durante a presidência de Carlos Andrés Pérez.
Em 2019, foi um dos principais assessores de Juan Guaidó, opositor que em 2019 se autoproclamou presidente da Venezuela.
No mesmo ano, Mottola atuou como representante da oposição nas negociações mediadas pela Noruega.
Fonte: G1