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G1 - Cidades

Preso segundo suspeito de matar e torturar homem surdo em Bayeux

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Vítima teve pernas e dentes quebradas e levou 37 tiros na cabeça. A Polícia Civil afirma que o homem foi morto por engano. Central de Polícia de João Pessoa

Plínio Almeida / TV Cabo Branco

Um segundo homem foi preso, nesta quinta-feira (5), suspeito de envolvimento na morte de Almir Murilo dos Santos Nascimento, de 28 anos, em Bayeux. A vítima foi encontrada morta no dia 20 de agosto no bairro de Imaculada, com sinais de tortura e execução. A Polícia Civil afirma que a morte de Almir ocorreu por engano.

O mandado de prisão preventiva contra o suspeito de 19 anos foi cumprido quando ele saía de um esconderijo por trás de casas em uma área de mangue, no município de Bayeux. De acordo com o delegado Diego Garcia, o jovem não tinha passagem pela polícia e havia ingressado em uma organização criminosa durante a atual guerra de facções.

Ainda segundo o delegado, o homem confessou em depoimento o porte de armas e drogas e fazer parte da facção criminosa que atua na região, mas negou ter matado e torturado a vítima.

O homem foi levado para a carceragem da cidade da Polícia Civil, no bairro do Geisel, em João Pessoa. O suspeito deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (6).

A Polícia Civil afirmou que as investigações sobre o caso não foram encerradas.

O primeiro suspeito preso

Um homem suspeito de envolvimento na morte de Almir Nascimento também foi preso no último dia 28 de agosto.

De acordo com o delegado João Paulo Amazonas, a equipe do Núcleo de Homicídios de Bayeux representou pela prisão de alguns suspeitos de envolvimento no crime. Após determinação do delegado, a equipe realizou um levantamento nos bairros de Manguinho e Imaculada, onde localizou um dos suspeitos.

Ainda segundo o delegado, o homem tentou fugir, mas foi contido com o uso proporcional da força.

Homem é preso suspeito de matar o jovem surdo que foi morto por engano em Bayeux (PB)

Nesta quinta-feira (5), o delegado Diego Garcia comentou novamente que a vítima foi morta por engano e que os dois presos fazem parte da mesma organização criminosa.

"No caso da vítima Almir, esses dois indivíduos suspeitaram que ele (a vítima) pudesse ser integrante de uma facção criminosa rival e por isso decidiram matá-lo daquela forma tão brutal", afirmou o delegado.

O crime

Almir Murilo, de 28 anos, foi encontrado morto com sinais de tortura e execução

Reprodução/TV Cabo Branco

Almir Murilo dos Santos Nascimento, de 28 anos, foi encontrado morto no dia 20 de agosto, no bairro de Imaculada, em Bayeux, depois de desaparecer. A Polícia Civil da Paraíba afirma que o corpo foi encontrado com sinais de tortura.

Ele saiu de casa na manhã de segunda-feira (19) dizendo que ia até a casa de uma amiga, mas nunca mais foi visto com vida. Familiares informaram o desaparecimento à Polícia ainda na segunda-feira e só na noite do dia seguinte localizaram a vítima numa região de mata do município.

De acordo com uma perícia que foi realizada no local, ele teve as pernas e os dentes quebrados e depois foi morto com 37 tiros na cabeça.

Ele estaria passando pelo bairro da Imaculada, em Bayeux, no momento em que havia um conflito entre grupos criminosos rivais. Nesse momento, ele acabou confundido por integrantes de um grupo como sendo integrante do outro.

De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, a morte da vítima teria acontecido por engano.

"A vítima aparentemente não tinha envolvimento com o mundo do crime. No meio de um confronto entre criminosos, a vítima estava passando e foi confundida", disse Diego Garcia, delegado responsável pelas investigações.

Protesto de grandes proporções em Bayeux

Mobilização era em protesto contra a morte de Almir

TV Cabo Branco/Reprodução

A população de Bayeux realizou um protesto de grandes proporções e interditou a BR-101 na altura do Km 84, fechando totalmente a via no sentido de João Pessoa para Natal. A mobilização aconteceu em revolta contra a execução de Almir Murilo, que segundo familiares era surdo e não tinha passagem pela polícia.

No meio da mobilização, a mãe da vítima demonstrou revolta por tudo o que aconteceu.

"Fizeram com meu filho algo que nenhuma mãe queria ver. Eu sei que não sou a primeira mãe. Tem muitas outras que já passaram por isso também", desabafou Luciana da Silva Santos, mãe da vítima morta.

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