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Netinho, medalhista no taekwondo, conheceu esporte na casa de amigo e superou morte do pai para continuar lutando

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Por Jr Blitz

08/08/2024 às 17:38:28 - Atualizado há
Paraibano Edival Pontes, o Netinho, conquistou o bronze no taekwondo nas Olimpíadas de Paris. Netinho leva bronze no taekeondo

David Gray/AFP

O paraibano Edival Pontes, o Netinho, conquistou a medalha de bronze no taekwondo nas Olimpíadas de Paris, na tarde desta quinta-feira (8). Nascido e criado no bairro do Rangel, na zona oeste da cidade João Pessoa, o atleta conheceu o esporte na casa de um amigo, e teve que superar o luto da morte do pai, maior incentivador, para continuar lutando.

Netinho conheceu o esporte quando brincava na casa de um amigo, aos 7 anos de idade. "Eu descobri o taekwondo indo pra casa de um amigo meu, tinha video game lá, a gente sempre tava brincando. O pai dele fazia taekwondo, era professor, o mestre Manoel, meu primeiro mestre", contou em entrevista antes dos jogos de Paris.

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O atleta define que nasceu com o esporte no sangue e foi amor à primeira vista quando conheceu o taekwondo. Ele explica que se empolgou, e com 10 anos já era faixa preta. A mãe de Netinho relembra como o medalhista era na infância e o define, brincando, como uma "danação".

"Ele sempre foi tranquilo. Como se diz, no popular, a 'danação' é de criança da idade dele mesmo", afirmou.

A mãe admite que ainda não consegue assistir às lutas do atleta, mas torce distante. "Eu rezo, me emociono, choro, entrego nas mãos de Deus e agradeço", afirmou. Algumas medalhas continuam na casa em que o atleta cresceu em João Pessoa.

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'Ele era minha direção', diz atleta sobre o pai

Em 2014, Netinho foi campeão sul-americano com apenas 17 anos, além de medalha de ouro no mundial juvenil e nas Olimpíadas da Juventude. Tudo isso com apoio e incentivo de seu Nino, o seu pai, que faleceu em novembro de 2020, durante a pandemia de Covid-19, e em meio a indecisão sobre a realização das Olimpíadas de Tokyo.

"Meu pai me apoiou muito. A gente não tinha muitas condições, mas o que ele pode fazer ele fez. O coroa sempre se virou muito, mesmo sem ter uma condição muito boa pra gente estar viajando (para competições). Ele era a minha direção. Ele me conhecia desde que eu nasci, então ficou difícil encontrar uma pessoa que eu confiasse pra desabafar, para falar o que eu estava sentindo", afirmou.

A suspensão por doping

Dois anos depois da morte de seu Nino, o atleta enfrentou uma suspensão quando foi pego no exame antidoping antes de uma competição dos Jogos Pan-americanos, em 2023, e quase perdeu a classificação para as Olimpíadas 2024. Netinho chegou a se perguntar se sua carreira no taekwondo havia acabado.

"A minha cabeça era o tempo todo: 'pô mano, o que eu vou fazer da minha vida? Será que o esporte acabou pra mim?", afirmou.

A suspensão deixou Netinho fora das competições até fevereiro de 2024, e ele conseguiu participar das classificações para Paris 2024. Na primeira competição que disputou no México conquistou a medalha de ouro e garantiu vaga nas Olimpíadas.

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Fonte: G1
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