Criar um ambiente onde os filhos se sintam confortáveis para falar sobre seus medos e preocupações é essencial no combate ao bullying. Embora as escolas desempenhem um papel crucial no combate ao bullying, as famílias têm responsabilidade igualmente importante. Sua atuação é de extrema relevância neste contexto, pois as relações familiares desempenham um papel fundamental para a prevenção deste fenômeno. Logo, entender o papel das famílias é essencial para a construção de um ambiente mais seguro e acolhedor para as crianças e adolescentes.
A comunicação familiar positiva, o exemplo dos pais e o afeto são fatores que ajudam a desenvolver a socialização de uma maneira saudável, ressalta o diretor do Colégio Marista de Londrina, Adriano Brollo. "Fortalecer as relações familiares, fortalecer o exemplo dos pais, promover a comunicação positiva entre pais e filhos, construir redes de apoio e valorizar o afeto são ações essenciais para prevenir e lidar com o bullying", observa.
A importância do diálogo
Divulgação
A base para a prevenção e combate ao bullying começa em casa. Um dos principais papéis das famílias é promover uma comunicação aberta e honesta entre pais e filhos. Crianças que se sentem ouvidas e compreendidas estão mais propensas a compartilhar suas experiências, incluindo situações de bullying. Por isso, os pais devem criar um ambiente onde os filhos se sintam confortáveis para falar sobre seus medos e preocupações sem o temor de serem julgados.
Atuar em conjunto com a família também é uma responsabilidade da escola. Neste sentido, o Colégio Marista Londrina adota diversas estratégias para o enfrentamento deste tema tão desafiador para a sociedade contemporânea. Dentre as ações de combate ao bullying estão a escuta ativa dos estudantes e das famílias, o diálogo aberto por meio de canais de comunicação, reuniões, atendimentos individuais e abertura da escola para as famílias.
Além disso, há o envolvimento das famílias em iniciativas de prevenção do bullying, incentivando sua participação ativa em projetos, campanhas e ações junto aos alunos com o objetivo de promover um ambiente escolar seguro e acolhedor. Ao mesmo tempo, é realizado um monitoramento constante das ações adotadas para avaliar a sua eficácia e garantir a melhoria contínua.
"Ao adotar uma postura receptiva, colaborativa e proativa em relação às preocupações das famílias, a escola fortalece a confiança, o engajamento e a parceria com a comunidade escolar, contribuindo para a promoção de um ambiente educativo mais seguro, inclusivo e saudável", avalia o diretor.
Educação e conscientização
Divulgação
Além da comunicação, a educação é uma ferramenta fundamental no combate ao bullying. As famílias precisam educar seus filhos sobre o que é o bullying, os diferentes tipos (físico, verbal, psicológico, cibernético) e as consequências que essas atitudes podem ter. Ensinar valores como empatia, respeito e tolerância é fundamental para que as crianças aprendam a se colocar no lugar do outro e a reconhecer a importância de tratar todos com dignidade.
Neste sentido, a colaboração entre família e escola é essencial para criar um ambiente de aprendizagem saudável e enriquecedor para as crianças. Quando ambos trabalham juntos, os benefícios se refletem no desempenho acadêmico e no desenvolvimento integral dos alunos. "A família é o primeiro ambiente de socialização, onde valores, hábitos e atitudes são transmitidos. A escola, por sua vez, oferece conhecimento formal, habilidades acadêmicas e oportunidades de interação social. É preciso dar as mãos e trabalhar colaborativamente para alcançar os resultados que almejamos", conclui o diretor.
Divulgação
As famílias podem contribuir significativamente para a promoção de um ambiente escolar saudável e para a prevenção do bullying por meio de diversas formas, tais como:
Comunicação aberta e positiva: Estabelecer canais de comunicação eficazes entre pais e filhos, incentivando o diálogo sobre questões emocionais e comportamentais.
Participação ativa na vida escolar: Envolvimento dos pais nas atividades escolares, reuniões, eventos e projetos educacionais, demonstrando interesse e apoio aos filhos.
Diálogo sobre respeito: Promover valores de respeito, empatia e tolerância em casa, ensinando as crianças a valorizarem a diversidade e a resolverem conflitos de forma pacífica.
Monitoramento e supervisão: Acompanhar o desenvolvimento acadêmico e emocional dos filhos, identificando possíveis sinais de envolvimento em situações de bullying e agindo preventivamente.
Estímulo ao desenvolvimento de habilidades sociais: Incentivar a criança a desenvolver habilidades de comunicação, assertividade e resolução de conflitos, preparando-a para lidar com desafios interpessoais.
Estabelecer regras e limites: Definir regras claras dentro de casa ajuda a promover comportamentos positivos e a evitar situações de bullying.
Promoção de um ambiente familiar acolhedor: Criar um ambiente familiar seguro, afetuoso e acolhedor, onde os filhos se sintam amados, respeitados e apoiados emocionalmente. Ambiente onde os filhos possam visualizar e testemunhar gestos de respeito, resolução de conflitos e diálogo entre os familiares.
Ser exemplo: Fortalecer a demonstração de comportamentos adequados, expressão de afeto, respeito e amorosidade nas relações interpessoais. Os filhos precisam enxergar nos adultos que convivem exemplos de como eles devem proceder, os filhos copiam comportamentos, são reflexo do ambiente em que vivem, dos assuntos compartilhados, dos filmes que tem acesso.
Denúncia e segurança: Incentivar os filhos a denunciar casos de bullying e garantir que a escola tome medidas imediatas para impedir a continuidade desses comportamentos. Ao adotar essas práticas, as famílias podem contribuir significativamente para a construção de um ambiente escolar mais saudável, empático e seguro, favorecendo o bem-estar e o desenvolvimento positivo das crianças e adolescentes.
Fonte: G1