G1
Vice-presidente estava na posse do novo presidente do Irã, em Teerã, na terça-feira (30). Segundo a Guarda Revolucionária do Irã e também o Hamas, Haniyeh e um de seus guarda-costas foram mortos em Teerã. Alckmin, em primeiro plano, e Ismail Haniyeh, chefe do Hamas, em posse do novo presidente do Irã, em Teerã, nesta terçaReprodução/ReutersO vice-presidente Geraldo Alckmin estava a poucos metros do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, durante a posse do novo presidente do Irã, na terça-feira (30), em Teerã.Haniyeh foi morto horas depois ainda em Teerã, no Irã, informou o grupo palestino em um comunicado nesta quarta-feira (31). A Guarda Revolucionária do Irã também confirmou, em um comunicado, que o principal líder do Hamas e um de seus guarda-costas foram assassinados na manhã desta terça em Teerã e que está investigando o caso.Ismail Haniyeh, chefe do HamasHassan Ammar / Arquivo / AP Photo"A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados," disse um comunicado da Guarda Revolucionária.Os comunicados não dão detalhes sobre como o líder do Hamas foi morto e ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelo assassinato. Israel não comentou sobre o caso, porém, havia prometido matar Haniyeh e outros líderes do Hamas após o ataque do grupo em 7 de outubro, que matou 1.200 pessoas e viu cerca de 250 serem feitas reféns.Em comunicado, o Hamas afirma que Haniyeh foi morto num "ataque aéreo traiçoeiro à sua residência em Teerã". Ele estava no Irã para participar da cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian. "É um ato covarde que não ficará impune", disse a TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas, citando Moussa Abu Marzouk, alto funcionário do grupo.Ismail Haniyeh, durante discurso para o povo palestino em GazaSaid Khatib / Arquivo / AFP PhotoO presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou veementemente o assassinato do líder do Hamas, informou a agência de notícias estatal WAFA.Grupos palestinos convocaram uma greve geral e manifestações em massa após o assassinato de Haniyeh.Em maio, Haniyeh teve a prisão pedida pelo procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra durante o conflito entre Israel e Hamas. Na ocasião, outros dois chefes do Hamas tiveram a prisão pedida, assim como o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ministro da defesa, Yoav Gallant.Casa BrancaNão houve reação dos Estados Unidos. A administração de Joe Biden tenta pressionar o Hamas e Israel a concordarem com um cessar-fogo temporário e um acordo de libertação de reféns.