O primeiro semestre de 2024 já registrou 11 feminicídios na Paraíba e 20 homicídios contra mulheres. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social solicitadas pelo g1 via Lei de Acesso à Informação.
De acordo com os dados, sete mulheres foram assassinadas no mês de janeiro, sete no mês de fevereiro, duas em março, cinco em abril, seis em maio e quatro em junho.
As mulheres vítimas de feminicídio nos primeiro trimestre de 2024 foram assassinadas nas cidades de João Pessoa, Itapororoca, Paulista, Marizópolis, Bonito de Santa Fé, Cabedelo, Patos e São Vicente do Seridó.
Feminicídios registrados na Paraíba em 2024Acompanhe os casos mês a mêsMaioFrancinete Nunes da Costa, de 38 anos, entrou na estatística do mês de maio. Ela foi assassinada com golpes de faca quando ia para o trabalho de moto-táxi, em Patos, no Sertão da Paraíba. O ex-namorado, Leandro Firmino Sales, é o principal suspeito e foi preso na zona rural de Patos.
Segundo o delegado Edson Pedrosa, a mulher ia para o trabalho de moto-táxi e fazia o mesmo trajeto diariamente. O suspeito seguiu a moto que transportava a vítima, também utilizando uma motocicleta.
Em determinado momento, o moto-taxista que levava a mulher parou em um semáforo e o suspeito começou a esfaquear a vítima. Ela chegou a descer da moto e tentar correr, mas morreu ainda no local.
Fabiana da Costa Oliveira, de 32 anos, está nos números de junho. Ela e o filho adolescente foram assassinados pelo ex-marido da vítima, a facadas, após uma discussão sobre o pagamento de pensão alimentícia, motivo pelo qual já havia sido preso no início do ano por atraso. O suspeito foi preso e, segundo a delegada Mairam Moura, José Adriano vai responder por homicídio por motivo fútil e feminicídio.
Também em junho, duas mulheres foram vítimas do mesmo suspeito. O policial penal Osmany de Moraes Pereira assassinou a ex-esposa e a ex-cunhada no exato momento em que uma viatura da Polícia Militar chegava à casa onde o crime foi cometido, chamada para atender uma denúncia de violência doméstica. Ele disse que os policiais ainda escutaram os disparos, dados à queima-roupa contra as vítimas, e que o suspeito atirou ao se irritar com a presença dos policiais.
Fonte: Virgulaparaiba