Em comunicado, Kevin O'Connor descartou que presidente dos Estados Unidos tenha feito outras consultas com neurologistas. Exame feito em fevereiro não encontrou distúrbios cerebrais e descartou doenças como Parkinson. Biden durante debate nos EUA.
Marco Bello/Reuters
Kevin O'Connor, médico de Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira (8) que o presidente dos Estados Unidos fez uma consulta com um neurologista especialista em Parkinson durante um exame de rotina anual. Ainda segundo o profissional, nenhuma anormalidade foi detectada na saúde de Biden.
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Mais cedo, o jornal "The New York Times" revelou que o especialista em distúrbios motores Kevin Cannard visitou a Casa Branca pelo menos oito vezes, entre julho de 2023 e março de 2024. O'Connor esteve presente em um desses encontros, em janeiro deste ano.
No comunicado divulgado pela Casa Branca, o médico do presidente justificou que Biden faz exames anuais que incluem especialistas em diversas áreas como odontologia, cardiologia, dermatologia e medicina do sono.
O'Connor disse ainda que Cannard é o especialista consultado por Biden durante os exames neurológicos anuais. Ele também descartou que o presidente tenha feito consultas com outros neurologistas fora do exame anual.
"Um exame neurológico extremamente detalhado foi mais uma vez tranquilizador, pois nada foi encontrado em relação a qualquer distúrbio cerebral ou outro distúrbio neurológico central, como acidente vascular cerebral, esclerose múltipla, doença de Parkinson ou esclerose lateral ascendente", disse.
O médico afirmou também que os exames demonstraram que Biden não tem nenhuma fraqueza motora ou tremores. Por outro lado, o presidente teve sintomas de neuropatia periférica em ambos os pés, que pode causar dormência ou formigamentos.
"Atender pacientes na Casa Branca é algo que o Dr. Cannard vem fazendo há doze anos. Cannard foi escolhido para esta responsabilidade não porque seja um especialista em distúrbios do movimento, mas porque é um neurologista altamente treinado e conceituado", afirmou O'Connor.
Saúde do presidente
As condições físicas e mentais de Biden foram colocadas em dúvida após o desempenho ruim que o presidente teve durante um debate eleitoral com Donald Trump, no fim de junho. Desde então, ele vem enfrentando pressão para desistir da candidatura.
No embate, o presidente parecendo frágil e perdeu a linha de raciocínio em alguns momentos. Na sexta-feira (5), durante uma entrevista, Biden disse que estava com um forte resfriado e se sentindo cansado.
As visitas feitas pelo médico especialista em Mal de Parkinson a Casa Branca, reveladas nesta segunda-feira, abriram um novo episódio no caso que envolve a saúde de Biden e as eleições norte-americanas.
Após a publicação da reportagem, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, negou que Biden tenha Parkinson e disse que o presidente não está sendo tratado para a doença.
"O presidente foi tratado para Parkinson? Não. Ele está sendo tratado para Parkinson? Não, ele não está. Ele está tomando medicação para Parkinson? Não," disse.
Karine não explicou a presença do médico na Casa Branca, mas sugeriu que poderia estar relacionada ao tratamento de alguns dos militares que trabalham no complexo.
Ainda não se sabe se as visitas do especialista em Parkinson à Casa Branca foram para examinar Biden ou se aconteceram por outras razões. Também não se sabe se ele teria voltado lá outras vezes entre março e julho, já que os registros mais recentes não foram divulgados até o momento.
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Fonte: G1