A entidade vai obrigar todas as 211 associações filiadas a incluir nos códigos disciplinares punições específicas ao preconceito racial, seja cometido por um jogador ou torcedor. A Federação Internacional de Futebol apresentou um pacote de medidas contra o racismo no esporte.
O mundo do futebol está reunido em Bangkok, na Tailândia, onde a Fifa vai revelar a sede da Copa do Mundo feminina de 2027. Mas antes do anúncio, veio o combate ao racismo. A entidade vai obrigar todas as 211 associações filiadas a incluir nos códigos disciplinares punições específicas ao preconceito racial, que podem chegar à derrota do time associado a ele, seja cometido por um jogador ou torcedor.
No Brasil, o racismo é crime. E desde 2023, o regulamento geral de competições da CBF já prevê penalidades que podem ir de multa até a perda de pontos.
A Fifa informou que consultou jogadores ao redor do mundo antes de criar a proposta. Entre eles, o brasileiro Vini Jr. - alvo de frequentes insultos racistas na Espanha.
A luta contra o racismo ganhou também um novo símbolo. Um gesto que vai ser usado em campo para denunciar insultos racistas. Com os braços cruzados na altura dos punhos e os dedos esticados, os jogadores vão alertar ao árbitro sobre o ato racista. E, da mesma forma, os juízes vão informar ao público que a ocorrência está sendo investigada.
Gesto que será usado por jogadores para alertar ao árbitro sobre o ato racista
Jornal Nacional/Reprodução
"As leis contra o racismo têm que ser severas. Então, vamos usar essa ferramenta, o futebol, vamos usar o esporte, os atletas, para que possa combater realmente esse mal da humanidade", afirma o ex-jogador Cafu.
Na sexta-feira (17), o Congresso da Fifa vai tomar outra decisão importante: vai eleger a sede da Copa do Mundo feminina de 2027. Apostando na estrutura montada para a Copa masculina de 2014, o Brasil é forte candidato. E tem apenas uma candidatura concorrente, que reúne Alemanha, Holanda e Bélgica.