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Único exemplar de rara espécie de fungo azul é descoberta a mais de mil metros de altitude na Serra de SC

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Por Jr Blitz 13/05/2024 às 04:55:28
Achado foi publicado em revista internacional. Pesquisadores fizeram estudos com DNA do fungo para determinar que se tratava de nova espécie. Fungo azul descoberto em Urubici

Luís Funez/Divulgação

A mais de 1 mil metros de altitude, em Urubici, na Serra de Santa Catarina, o pesquisador Luís Adriano Funez, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e seu time descobriram uma nova espécie de fungo extremamente rara. Por causa da cor azul brilhante, ele foi chamado de Microglossum azeurum.

"Encontramos em um ambiente, mas um único exemplar. A gente não faz ideia de onde mais ele pode ocorrer. Vasculhamos tudo ao redor ali por meses e não achamos mais nada. Nem no mesmo momento achamos outro fungo", disse o pesquisador ao g1.

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A descoberta ocorreu em 2020. Durante esses quatro anos que se passaram, os pesquisadores organizaram as informações necessárias para determinar que se tratava de uma nova espécie e fizeram a publicação em 15 de fevereiro na revista internacional de botânica Phytotaxa.

Funez é pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas da UFSC. A parte azul do fungo descoberto tem, no máximo, 2 centímetros, de acordo com ele.

Imagens mostram descoberta de fungo azul na Serra de Santa Catarina

A espécie foi encontrada em meio às matas nebulares e pertence a um gênero que ocorre muito pouco no Brasil. A descoberta ocorreu durante uma atividade de levantamento da diversidade de macrofungos nas áreas que compunham o experimento, na Serra catarinense.

"Eram feitas visitas regulares a cada uma dessas áreas, e os fungos que cresciam lá eram fotografados, coletados e desidratados para que os estudos da sua morfologia e material genético pudessem posteriormente acontecer", comentou Funez.

Raridade e identificação da espécie

A raridade do fungo atrapalha os estudos. "É um evento extremamente raro. Isso aí é muita, muita sorte mesmo se alguém achasse isso novamente, então fica muito difícil de conseguir fazer estudos de campo em cima de uma espécie de fungo assim", complementou.

Após se impressionar com o exemplar encontrado, foi feito o trabalho para identificar se os pesquisadores estavam mesmo diante de uma nova espécie.

Fungo azul em meio ao chão das matas nebulares de Urubici

Luís Funez/Divulgação

"É bem difícil de identificar, muitas vezes, esses fungos sem análise de DNA. Então a gente cortou, fez as análises microscópicas, demos uma olhada na bibliografia de forma geral e não encontramos nada que batesse bem com essa espécie", contou, sobre os primeiros passos.

"Fomos para a análise de DNA. Mandamos sequenciar uma fração do DNA desse fungo e aí, quando voltou a sequência, é um processo um pouco trabalhoso, tivemos certeza. Conseguimos montar o que a gente chama de filogenias moleculares, que são agrupamentos de espécies de acordo com semelhanças no DNA delas. Ele separou muito bem das outras espécies. Confirmamos que é uma espécie nova, trabalhamos na publicação desse material em revista científica", resumiu.

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Fonte: G1

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