Mundo G1 - Mundo

EUA afirmam que Israel pode ter violado lei internacional

.

Por Jr Blitz

10/05/2024 às 22:25:36 - Atualizado há
Os EUA dizem que não têm como verificar se as armas que forneceu a Israel foram empregadas em atos que violaram a lei internacional. Tanques israelenses controlam principal artéria que divide Rafah

O governo dos Estados Unidos divulgou um documento nesta sexta-feira (10) afirmando que Israel utilizou armas americanas de forma inadequada, segundo os padrões da lei humanitária internacional.

O Departamento de Estado dos EUA declarou ao Congresso que Israel não forneceu informações completas para verificar se as armas americanas foram usadas em ações que violaram a lei humanitária internacional.

No entanto, como Israel usa muito as armas que os americanos fornecem, o documento afirma que é razoável concluir que essas armas foram empregadas em ataques que transgrediram as normas da lei humanitária.

Por outro lado, diz o documento, isso não representou uma violação de uma lei norte-americana que implicaria o bloqueio do fornecimento de armas a países que restringem a ajuda humanitária dos EUA.

? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp

Os americanos não puderam confirmar se de fato as armas fornecidas a Israel foram usadas em ataques que violaram esses padrões. Trata-se de uma conclusão pelo fato de as forças israelenses dependerem de armamento fornecido pelos EUA.

"Dada a dependência significativa de Israel de artigos de defesa dos EUA, é razoável avaliar que os artigos de defesa cobertos pelo NSM-20 foram usados por forças de segurança israelenses desde 7 de outubro em situações inconsistentes com suas obrigações de IHL (sigla em inglês para Leis Humanitárias Internacionais) ou com as melhores práticas estabelecidas para mitigar danos a civis", afirmou o Departamento de Estado no relatório.

"Israel não compartilhou informações completas para verificar se artigos de defesa dos EUA cobertos pelo NSM-20 foram especificamente usados em ações alegadas como violações de IHL ou IHRL (Leis de Direitos Humanos Internacionais) em Gaza ou na Cisjordânia ou em Jerusalém Oriental durante o período do relatório", afirmou.

LEIA TAMBÉM:

Exército de Israel divulga imagens de dezenas de tanques entrando em Rafah; VÍDEO

O que é o Tribunal Penal Internacional, e por que ele preocupa autoridades israelenses

Após negociações sobre cessar-fogo no Egito, Hamas diz que decisão está com Israel

Em fevereiro, o presidente Joe Biden ordenou ao Departamento de Estado dos EUA que elaborasse um documento sobre o assunto, o qual foi entregue ao Congresso.

O senador democrata Chris Van Hollen disse que o governo "se esquivou de todas as perguntas difíceis" e evitou analisar a fundo se a conduta de Israel significaria que o auxílio militar tem de ser cortado.

"Esse relatório é contraditório porque conclui que há motivos razoáveis para acreditar que houve violações de leis internacionais, mas, ao mesmo tempo, diz que não está constatando descumprimento", disse a jornalistas.

Mais de 34 mil palestinos foram mortos no ataque de sete meses de Israel à Faixa de Gaza, segundo autoridades de Saúde do enclave, controlado pelo Hamas. A guerra começou quando militantes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e sequestrando 252 outras, das quais acredita-se que 133 permaneçam em cativeiro em Gaza, segundo registros israelenses.

Essa questão gerou divisões no Departamento de Estado dos EUA, com pelo menos quatro áreas diferentes do órgão questionando a conduta de Israel e apresentando exemplos de violações da lei internacional.

Palestinos procuram vítimas sob os escombros de uma casa destruída em um ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 6 de maio de 2024.

REUTERS/Mohammed Salem
Fonte: G1
Comunicar erro
Blitz Paraíba

© 2024 Copyright © 2024 - Portal Blitz Paraíba. Todos os direitos reservados
Portal Blitz Paraiba - Sua Noticia na Hora Certa

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Blitz Paraíba