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Suposto ataque de Israel contra Irã foi 'coreografado', diz analista

Professor da ESPM justifica que o primeiro-ministro de Israel atacou com drones uma região com indústrias de bomba atômica porque precisava dar uma resposta para sua base de governo.

Por Jr Blitz 19/04/2024 às 10:08:31
Professor da ESPM justifica que o primeiro-ministro de Israel atacou com drones uma região com indústrias de bomba atômica porque precisava dar uma resposta para sua base de governo. A ala mais radicalizada pressionava e ameaçava sair se não houvesse uma resposta ao Irã, que lançou bombas e mísseis contra o país na última semana. Irã abate drones perto de instalações nucleares

O professor de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Leonardo Trevisan afirmou em entrevista ao Em Ponto, nesta sexta-feira (19), que o ataque contra o Irã na noite de quinta-feira, supostamente liderado por Israel, "[foi algo] coreografado".

O especialista justifica que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, resolveu atacar com três drones uma região composta por indústrias que produzem bomba atômica porque precisava dar uma resposta para o governo e o público israelense.

A ala mais radicalizada do governo pressionava e ameaçava sair do gabinete se não houvesse algum ataque como resposta ao Irã, que lançou mísseis e drones contra o país na última semana.

O Gabinete de Guerra de Israel, por exemplo, se mostrou favorável a responder. No dia seguinte, um dos membros do grupo, Benny Gantz, afirmou que o Irã pagaria na hora certa pelo ataque feito ao país na noite de sábado.

Se não houvesse resposta e os integrantes do Gabinete saíssem do governo, isso poderia derrubar Netanyahu. De acordo com o professor, esses integrantes têm uma boa base eleitoral e de público.

"[Além disso], composição do gabinete [de Netanyahu] inclui ministros de cunho religioso. [Então], o pano de fundo para o ataque tinha como objetivo acalmar os ultraortodoxos israelenses, que estão muito tensos, já que pode existir uma convocação de religiosos para compor o exército. A pressão do gabinete vinha sobre essa razão", afirmou o especialista.

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Porém, até o momento, Israel não confirmou que o ataque da última noite foi cometido por eles. Porém, segundo o jornal "The New York Times", autoridades israelenses confirmaram o ataque sob condição de anonimato.

Uma autoridade iraniana confirmou que não houve ataque com mísseis e disse que o sistema de defesa aérea foi ativado. Explosões ouvidas na região, segundo a autoridade, são resultados da ação do sistema de defesa.

Um militar do Irã disse que nenhum estrago foi causado. A imprensa local afirmou também que as instalações nucleares iranianas permanecem intactas.

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Ao mesmo tempo, o especialista acredita que o presidente norte-americano, Joe Biden, tinha conhecimento do ataque - que não causou nenhum dano para a região.

Fonte: G1

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