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Irã fez o maior ataque de drone da história em um único dia; 'Queria demostrar força', diz pesquisador

Em entrevista ao podcast 'O Assunto', João Koatz Miragaya avalia os riscos de escalada para uma guerra generalizada no Oriente Médio e as consequências para o futuro da guerra em Gaza.

Por Jr Blitz 16/04/2024 às 12:16:44

Foto: G1 - Globo

Em entrevista ao podcast 'O Assunto', João Koatz Miragaya avalia os riscos de escalada para uma guerra generalizada no Oriente Médio e as consequências para o futuro da guerra em Gaza. Irã x Israel: o risco de escalada

A ofensiva inédita do Irã contra Israel no último sábado (13) foi o maior ataque de drones da história da humanidade em um único dia.

Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra o território israelense, uma retaliação ao ataque contra um posto diplomático na Síria, que matou sete integrantes da Guarda Revolucionária do Irã em 1º de abril.

As Forças de Defesa de Israel afirmam que conseguiram interceptar 99% dos drones. A escalada do conflito agora ganha contornos imprevisíveis, ainda que Israel e Irã não tenham interesse em um confronto violento. É o que explica João Koatz Miragaya, mestre em história pela Universidade de Tel-Aviv e colaborador do Instituto Brasil Israel.

"Um erro de cálculo pode gerar uma escalada ainda maior. A gente sabe como começa, mas não sabe como termina."

Miragaya afirma que o ataque do Irã teve o objetivo de demonstrar força à sua população interna, uma vez que Israel e seus aliados tiveram tempo para preparar a defesa.

"A lógica militar do Oriente Médio é uma lógica de força. Aquele que não responde é visto como fraco pelo outro lado. A mesma razão que gerou essa ofensiva iraniana é a que vai motivar um ataque israelense", explica.

"Esse ataque se iniciou com o lançamento de drones que, a princípio, levariam entre sete e nove horas para chegar em território israelense [...] Além do dano financeiro, o ataque iraniano não causou grandes danos a Israel."

Em 2020, Israel e Emirados Árabes Unidos assinaram um acordo para normalizar as relações diplomáticas. No podcast 'O Assunto', João Koatz Miragaya avalia os riscos de escalada para uma guerra generalizada no Oriente Médio e as consequências para o futuro da guerra em Gaza.

"Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein e alguns outros países do Golfo têm adversários em comum no Oriente Médio: o Irã. São países sunitas, e o Irã é um país xiita", explica.

"A Liga Árabe estabelecia como pré-condição que fosse criado o estado Palestino, o que até agora não aconteceu...Mesmo sem esse acordo, o que a gente viu no dia do ataque do Irã foi a Arábia Saudita auxiliando as defesas de Israel. Quando o Irã ataca Israel, eles deixam claro que a ordem de prioridade é combater o Irã, depois a solidariedade aos palestinos."

Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto

Fonte: G1

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